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O cheiro da rua

16 de janeiro de 2010

Mais estranho do que sobreviver ao tremor foi sobreviver às imagens nas quais fomos jogados. Um homem sem pele correndo, as pessoas desesperadas cantando sua fé, poeira encobrindo as esquinas, chamas erguendo-se a um quarteirão de nós. Muitas construções vieram abaixo, Caminhávamos em meio aos mesmos escombros que hoje exalam um odor de morte.

Durante todos esses dias a população não teve onde sepultar seus mortos. Os defuntos foram deixados na rua, enquanto o rádio instruía que os cadáveres deveriam ser tratados com cloro e vinagre, embalados em sacos plásticos e deixados em lugares secos. Os cadáveres que puderam ser retirados dos escombros foram tratados dessa maneira. Nas esquinas da cidade apareciam corpos que as moscas disputavam.

Muitos mortos, no entanto, não puderam ser retirados dos escombros. A população, que hoje nos chama para reclamar de abandono da comunidade internacional, foi se afastando desses lugares – com o calor os corpos parecem ter fermentado. Fato é que o espaço foi envolvido num vapor fétido.

Hoje, pela primeira vez os mortos começaram a sumir das esquinas. Os montes de defuntos, que aguçaram a imaginação de um jornalista fanático por barricadas e protestos, estão sendo recolhidos por tímidos caminhões brancos.

Os corpos sob os escombros, no entanto, continuam intocáveis. Nesse cenário caminham homens e mulheres de uma força que me deixou envergonhado. Nós, que estamos numa casa inteira fomos indagados com preocupação se estávamos bem.

Uma família em frente a uma casa arruinada fazia piada conosco, chamava-nos para conversar, queria mostrar-nos o lugar onde viveram. Outros nos viam com câmeras e pediam para mandar um recado para o mundo dizendo que estavam abandonados.

Não é a destruição que mais assusta aqui, é o abandono. Não sabemos até quando essa harmonia pode durar sem água e sem comida para todos. Muitos estão morrendo por falta de cuidados, outros reúnem numa toalha medicamentos e materiais médicos para ajudar os compatriotas. São poucos os que têm remédios e muitos são os que precisam de ajuda.


Numa esquina em que viramos, fomos surpreendidos por um grupo de homens jogando pedras na parte de trás de um caminhão. Assustamo-nos e queríamos voltar, mas o lugar para onde íamos pedia que passássemos por ali. Um haitiano que percebeu nosso dilema nos disse – não tem problema, aquele é o caminhão que recolhe os mortos. Ele, no entanto, está deixando de recolher os defuntos que estão naquela esquina e as pessoas estão muito revoltadas. Estávamos há um quarteirão e o cheiro da esquina já nos tocava.

Passamos em paz pelo caminho, mais a frente um homem passou carregando um cadáver e as pessoas nos saldavam ou compravam flores para seus mortos. A vida tenta continuar – que a comunidade internacional entenda que sem ela isso não durará muito tempo.

Depois de sobreviver a uma tragédia é preciso reaprender a viver. Essas pessoas me parecem grandes professores.

Marcos Rosa

38 comentários

  1. tem me emocionado os posts de voces. grande abraço. que vocês fiquem bem e consigam ajudar as pessoas aí.


    • ALGUÉM PODE NOS AJUDAR, MEU PRIMO CORONOEL ESTÁ DESAPARECIDO NÃO TEMOS NOTICIA OBRIGADA PELA AJUDA QUE DEUS ABENÇOE TODOS VOCÊS, AMAMOS O POVO DO HAITI E AMAMOS VOCÊS TAMBÉM

      › Tragédia no Haiti
      São José do Rio Preto, 15 de Janeiro, 2010 – 0:13
      Militar de Mirassol está entre os desaparecidos no Haiti
      ________________________________________
      Raul Marques

      ________________________________________

      AP

      Sobrevivente é resgatado de escombros em Porto Príncipe: em Mirassol, família aguarda por notícias do coronel João Elizeu Souza Zanin
      A notícia de que o coronel João Elizeu Souza Zanin, 46 anos, está desaparecido nos escombros do terremoto que devastou Porto Príncipe, capital do Haiti, abalou a sua família, que mora em Mirassol. Nas últimas 60 horas, os familiares não largam a televisão, internet e telefone na esperança de receberem boas-novas. Coronel Zanin trabalha no gabinete do comandante do Exército do Brasil e chegou ao Haiti na segunda-feira passada, um dia antes da tragédia. Ele telefonou para a mulher e os filhos adolescentes, que residem em Brasília, e contou que a viagem fora tranquila. Depois, não houve mais contato.

      No momento dos tremores, coronel Zanin estava em companhia de três colegas brasileiros na sede da Organização das Nações Unidas (ONU). Com os tremores, o prédio ruiu. Desde então, a família se consome em informações que não se confirmam e boatos. Os quatro desaparecidos são procurados. Cely Zanin está abalada, mas tem fé em que o marido será encontrado vivo. “A dor é grande, a angústia sem fim. Ainda tenho fé de que eles voltarão vivos para nossas famílias. Peço a todos os irmãos brasileiros que orem.”

      Elizeu Zanin se refugiou ontem no sítio da família, em Jaci, para não responder as incontáveis perguntas sobre o filho desaparecido. Ele sofre demais com a espera e não consegue conter as lágrimas. “Para um pai, é difícil. Se ele estivesse perto, eu tentaria ajudar.” O aposentado não esconde que não dorme há dois dias seguidos e pretende esperar o quanto for necessário. “Ele vai voltar vivo. Só vou acreditar no pior quando vir o corpo.”

      Momentos antes do embarque para o Haiti, o coronel ligou para o pai, se despediu e ouviu palavras de incentivo. “Boa sorte, filho. Vá com Deus.” Coronel Zanin é um dos quatro filhos de Elizeu. Fábio e Fernando moram em Mirassol. O outro irmão, um médico, morreu em acidente de carro.
      Reprodução

      O coronel Zanin, em foto antiga, com uma filha: parentes apreensivos
      Carreira

      Coronel Zanin é um apaixonado pelo que faz. Ele nasceu, cresceu e morou em Mirassol até os 15 anos. Depois, deixou a família, seguiu para Campinas e ingressou na escola militar. O empresário César Gomide Oliveira esteve com o amigo na empreitada, mas desistiu nos primeiros meses. “Começamos por influência de amigos. Só que o Zanin gostou e seguiu em frente. Ele sempre falava que queria chegar a general.”

      Depois de concluir o colegial em Campinas, Zanin fez Academia das Água Negras, em Resende-RJ, e saiu como aspirante a oficial. Depois, rodou o Brasil devido ao trabalho e se fixou em Brasília em 2009. O dentista Luís Fernando Zanin, 39 anos, afirma que o irmão iria ficar no Haiti por dois meses, com objetivo de auxiliar no rodízio da tropa brasileira – cada militar permanece no país caribenho por seis meses. O Haiti está sob intervenção da ONU desde 2004, e o Brasil mantém 1,3 mil militares na missão de Paz.

      De acordo com Luís Fernando, o irmão completou 30 anos de carreira e pode se aposentar. “Ele gosta muito do que faz e estava animado com a missão. Sempre que tinha um tempo, vinha para Mirassol ver a gente. Estamos apreensivos. Não consigo largar o telefone.” A federação da Cruz Vermelha estima que entre 45 mil e 50 mil pessoas morreram no terremoto que arrasou o Haiti. Subiu para 14 o número de militares brasileiros mortos na tragédia. Além dos quatro que ainda estão desaparecidos, outros 14 ficaram feridos.


  2. Marcos estou arrepiada e emocionada…” É PRECISO APRENDER A VIVER”…Grandes professores de vida…divulguem e divulguem para o mundo inteiro…quero ouvir bhá agora, para ficar juntos de vcs espiritualmente…
    E emocionante seu texto…


  3. Vocês, com coragem, estão nos trazendo informações que a grande imprensa não divulga. A energia do povo haitiano diante da tragédia é uma verdadeira lição de vida para todos nós.
    Vocês estão tendo aulas de ciências sociais in loco e isso os enriquecerá muito profissionalmente e, principalmente, em termos humanos.


  4. Marcos, a vontade de todos nós é de estar aí e poder ajudar de alguma forma. Todos os que estão ajudando são os verdadeiros hérois que esse mundo precisa. Estamos acompanhando de Manaus, Amazonas


  5. Estamos rezando por vocês! Deus está olhando por todos…
    Apesar de tanto descaso, tantas incertezas e falta de compaixão, Deus fará a justiça! A justiça divina nunca falha.
    Um beijo e minhas preces.


  6. Lembro-me que no ensino médio, um professor de história nos pediu que imaginássemos o cheiro de uma guerra, como a de trincheiras na Europa na década de 30 e 40 do século XX. Cheiro de pólvora e de sangue espalhado pelas trilhas dos soldados.

    Desde então, esta perspectiva não havia retornado à minha mente. E agora vê, e me sinto angustiado. Como é horrível imaginar tal situação: mortos espalhados pela rua, descaso, e sobreviventes que sequer possuem meios para enterrarem seus mortos, seus queridos. E mesmo assim, ainda firmes, tentando levar a vida.

    Sim, eles tem nos ensinado muito.


  7. Marcos que bom que deu noticias. Li o texto sobre a embaixatriz. Qual é a situação de vocês agora? Qual a preocupação primordial? Estou preocupado com a situação de todos.
    Seu texto é arrepiante. Abraços.


  8. De longe, protegida em minha casa e com o coração apertado, fica a pergunta. Como ajudar agora? Depositar meu apoio na Avaaz eu já fiz, mas fica, com este relato, um buraco muito dolorido. Sei qeu há muitos órfãos. Uma infinidade deles. A quem dizer qeu poderia receber uma ou duas crianças aqui? Teria sentido fazer assim? Penso sempre em pontes, em pessoas que podem fazer ligações necessárias. Acho que , pela experiência que estão vivendo, vocês poderiam ser esta ponte.


  9. Obrigada pelas informações; há algo que possamos fazer, mesmo daqui, Marcos Rosa?


  10. Marcos
    Ontem a noite, deram-se ao trabalho de informar que a polícia prendeu um grupo de saqueadores. A foto era vergonhosa. Um policial armado , e um pequeno grupo que provavelmente estava querendo alimento para os seus e quem sabe para o próximo, já que como vocês descrevem muito bem, é um povo amoroso e solidário. Fiquei com raiva do enfoque que queriam dar, tipo estamos zelando pela segurança pública e cuidando dos baderneiros . Fiquei pensando que, diante de tamanho caos, como isso ainda não aconteceu em número maior! Estou consternada, triste e angustiada, não pelos que morreram, mas pelos que conseguiram até agora, sobreviver a isso. Obrigada por vocês estarem informando de maneira real, o que está acontecendo aí. Aliás , ontem fiquei preocupada com vocês porque só houve uma notícia no blog, a do comentário do cônsul, que aliás deve ser parente próximo da embaixatriz daí . Fiquem bem, e cuidem-se.


  11. Como preparar os cadáveres com vinagre, cloro e saco plástico? Existe esse material disponível para a população fazer isso?


  12. Não se isso adianta, mas se puderem, dêem uma olhada nisso.

    http://oglobo.globo.com/mundo/mat/2010/01/15/paises-assumem-controle-operacional-de-servicos-elementares-populacao-do-haiti-915540971.asp


  13. Marcos,

    Em muito menor proporções encontro nos teus relatos o mesmo caos e (des)organização quando dos primeiros dias pós enchente que enfrentamos aqui em Itajaí em novembro de 2008, quando mais de 90% da cidade ficou embaixo d’água e de forma direta ou indireta atingiu a todos e nos vimos sem saber como e onde agir devido a falta de comunicação, de clareza nos encaminhamentos e de muitas divergências entre os gestores públicos, técnicos da Defesa Civil, militares e voluntários.

    A maioria dos problemas e ações estão registradas na Rede Social Arca de Noé em http://arcadenoe.ning.com que até hoje continua mobilizando, articulando e trabalhando para construirmos Defesas Civis organizadas, ou seja, implantar e implementar o Sistema Nacional de Defesa Civil que só existe de fato no papel.

    Registro o acima na expectativa de animá-los a continuar buscando em meio a essa tragédia, um caminho e uma ocupação que possa mantê-los esperançosos e confiantes, enquanto aguardam que todo o esforço que o mundo todo ora faz em prol do Haiti começe a mostrar resultados efetivos.

    Força!

    [ ]’s,

    Raciel Gonçalves Junior
    Rede Social Arca de Noé


  14. Grande trabalho. O que vcs estão oferecendo de informação e vivência supera as matérias sensacionalistas e inócuas que lemos e vemos na TV. Abraço e força.


  15. Trabalhei num seviço de pregação tipo missionaria no Brasil vi muita coisa triste
    Muita doença e pessoas sem esperança
    Mas aprendi a viver com pouco de modo smples
    E a entender que só o Criador pode nos dar paz


  16. Eaha te tupu mai ia pohe tatou?
    Te hoê menema

    TUMU O TE UIRAA: Te haapii ra te rahiraa o te mau haapaoraa a te ao e e tamau te tahi mea i roto roa i te hoê taata i te ora i muri a‘e i te pohe. Te tiaturi ra vetahi e e nehenehe tei pohe e totoa i tei ora aore ra e faautua te Atua i te taata ino ma te haamauiui ia ratou e a muri noa ’tu i roto i te hoê po auahi.

    TA TE BIBILIA E HAAPII RA: I te poheraa, e faaea te taata i te ora. ‘Aita a te feia i pohe ra e parau itea,’ ta te Koheleta 9:5 ïa e parau ra. I te mea e eita tei pohe e nehenehe e ite, e mana‘o aore ra e faaû i te mau tupuraa atoa, eita ïa ratou e nehenehe e totoa—aore ra e tauturu—i tei ora.—Salamo 146:3, 4.

    A hi‘o atoa i te Genese 3:19 e te Koheleta 9:6, 10.
    http://www.watchtower.org/th/kt/article_01.htm


  17. Marcos e demais pesquisadores, parabéns pelo blog. Já o estava acompanhando desde antes do terremoto. Fico preocupada com vocês, principalmente depois de ver a “disposição” da embaixada em ajudar. Eles também muito têm o que aprender com a solidariedade desse povo que vocês descrevem tão bem. Como está o acesso a comida e água para vocês e para os haitianos? Acabo de divulgar o blog no meu orkut, para que outras pessoas vejam além do que passa na TV. Agora há pouco a Globo informou que o presidente do Haiti se preocupa com a “impaciência da população” (sic) que aguarda ajuda. Impaciente fico eu numa hora dessas. Um forte abraço.


  18. Impressionante ler os textos. Desejo que corra tudo muito bem por aí, que vocês tenham muita força e paz. Um abraço.


  19. Fiquei tocada ao te ler. Que bom encontrar um lugar como este na net. Vou divulgar no meu blog. E vou te seguir. Meu marido é fotógrafo e está pensando em ir para aí fazer uns trabalhos voluntários. Se souber como, me avisa que embarco nessa tb. Fico irritada de assistir toda desgraça pela tv e não poder fazer nada, além de mandar doações…
    Um beijo todo orgulhoso.
    Patrícia


  20. Caros, o blog de voces e o melhor noticiario sobre o Haiti.
    Parabens.
    Que os bons guias protejam voces e os haitianos.


  21. PESSOAL,
    A GLOBO NEWS ESTA COM O EMAIL DA JOANNA E O SKYPE DO OMAR.ELES DEVEM ENTRAR EM CONTATO COM VCS. JA ESTAO SABENDO DA HISTORIA DA EMBAIXATRIZ. POR FAVOR, MANTENHAM-SE CONECTADOS SEMPRE QUE POSSIVEL.
    ABRAÇOS!


  22. querido Omar,
    demorei para encontrar o blog, e escrevo para dizer que estou muito contente por estarem bem, e que logo que soube do terremoto senti-me mais ou menos como descreve em relação ao teu amigo Guy – fui correndo saber notícias de você, soube que estava aí e fiquei muito apreensivo, até me dizerem que estava bem, em seu “roteiro” traçado de testemunhar mais esse evento crítico. que vida, hein, camarada?
    agradeço pelos textos, fotos e depoimentos.
    mando um abraço para vocês e espero que nos vejamos logo,
    do teu amigo,
    gabriel


  23. puxa, eu quero ajudar. mas nao quero mandar nada (roupas, comida, remedio ou grana) pelo governo ou por qualquer grupo que esteja organizando algo do tipo. Nao confio. Nao confio que vai chegar a quem precisa. No blog de voces eu confiei. Voces tem idéia do que se poderia fazer? O que funciona?


  24. Gente, vi notícias de novos tremores ai hoje. Postem no blog notícias de vcs. Estou aflita sem saber se está tudo bem com vcs!


  25. Do UOL:

    “A tenente-médica do Exército brasileiro Daniela Gil tem agora uma nova xará haitiana, a bebê Daniela, que nasceu na quinta-feira (14), dois dias após o terremoto que danificou hospitais e causou o colapso do sistema de saúde de Porto Príncipe, capital do Haiti e cidade mais atingida pela tragédia.

    Foi a tenente Gil quem fez o parto de Daniela, com quase três quilos, na base brasileira em Porto Príncipe. Os país da menina, Manuscha Moras e Ricardo Dumont, agradeceram seu trabalho com a homenagem.

    “Agradecemos muito os militares brasileiros que operaram esse milagre, que faz agora a alegria de nossa vida. Foi graças a eles que elas estão vivas hoje”, disse o pai, emocionado.”


  26. Ainda bem que voce falou sobre a pilha de corpos ….. que certamente é uma fantasia do reporter .
    O relato de voces é real e verdadeiro !
    Se cuidem e obrigada por nos mostrar a verdade .
    Temos que dar parabéns sim , mas para o povo do Haiti !Os verdadeiros heróis desta vida .
    Se cuidem …. se cuidem .


  27. não entendi o comentário do paulo

    queridos amigos, parabéns pelo blog. deve ser uma posição muito difícil estar aí vendo tudo isso e ser assediado por jornalistas de tudo quanto é lugar muitas vezes só preocupados com um ‘furo


  28. não entendi o comentário do paulo

    queridos amigos, parabéns pelo blog. deve ser uma posição muito difícil estar aí vendo tudo isso e ainda ser assediado por jornalistas de tudo quanto é lugar muitas vezes só preocupados com um ‘furo’. espero que pelo menos esse assédio sirva para mostrar a qualidade de funcionários escolhidos pelo nosso país para nos representar em países estrangeiros. tanto os militares quanto embaixadores..
    um grande abraço, e muito obrigada por compartilharem o que estão passando por este blog..


  29. … Hoje, por coincidência, peguei o Jornal da Unicamp da semana de 14 a 31/12/2009 e li a reportagem feita com o grupo de vocês, intitulada O Haiti é aqui, fiquei bastante emocionada ao ler as falas dos estudantes: Rodrigo, Diego, Daniel, Werner, Otávio e prof. Omar, fiquei pensando o que pode estar se passando na vida de cada um de vocês,que na busca de uma experiência para consolidação de uma formação , vivenciam uma grande tragédia… não há palavras para expressar meus sentimentos e pensamentos… leio os textos de vocês e fico meio que paralisada…
    Desejo luz, sabedoria, coragem e força.
    Abraços, Roberta de Paula.


  30. como voces conseguem postar aí se nem as televisões conseguem comunicação direito?

    boa sorte ,, bom trabalho .. lutem aí que aqui faremos o possivel

    abraços


  31. Vocês estao ficando onde agora? Muita força para vocês


  32. Estou entrando diariamente no blog de vocês para saber o que tem se passado no Haiti e choro a cada texto publicado.
    O povo do Haiti é exemplar para mim e a atitude que eles têm numa situação como essa só faz minha admiração aumentar.
    Por aqui a Tv só sabe dizer que foram doados milhões ao Haiti, mas hoje já começaram a dizer que a ajuda parece não estar chegando.

    Desejo muita força e fé a todos vocês.
    Se pudessem filmar e deixar as pessoas haitianas darem seu recado ao mundo seria ótimo.

    Paz


  33. Talvez possa ajudar, a AMURT é uma parte da Ananda Marga, organização do tantra yoga da qual eu participo (e o Werner também), e é a parte da organização que tem a finalidade de dar apoio a calamidades internacionalmente, eles já estão atuando agora no Haiti, abaixo vai o contato deles para ajuda:

    site: http://amurthaiti.org/
    e-mail da amurt: haiti@amurt.net

    monge responsável: Ácárya Práńesha Brahmacarii
    Cell phone: (509) 3805-9075 (Haiti)
    Skype: “dadapranesha”
    Facebook: http://www.facebook.com/PROUTists?ref=name
    Twitter: @Praneshabrc


  34. Que bom poder ler relatos sobre a situação do Haiti com humanidade e sensibilidade. Imagens abusivas e debates idiotas não faltam na mídia oficial. Boa sorte, e obrigada.


  35. Pretendo ajudar os irmãos do Haiti.
    O ideal é que o governo brasieiro retire em regime de urgência as crianças que lá estão e traga para o Brasil.
    Tenho condições de manter cinco pessoas durante um ano, quando voltar a normalidade eles voltarão ao seu pais.
    Moro em Várzea Grande (MT), fone 8116.3377 – 3682.4176


  36. Como pudemos manter por tanto tempo a invisibilidade de um povo… o relato que trazem é comovente, mas como me sinto mal por estar sentanda confortavelmente em frente a essa tela de computador.
    Acredito muito que essa pessoas sejam grandes professores, e é graças ao registro de vocês que elas entrarão para a história, caso contrário não saberíamos nada sobre o lado oprimido.
    Muita LUZ para todos!


  37. Um absurdo o impasse com embaixatriz. Parabéns para todos vocês, por relatarem os verdadeiros fatos. Que todos continuem bem. Marcos, o seu texto é simplesmente arrepiante.



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