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Nota sobre a reacao do assessor Joao Leme

16 de janeiro de 2010

Antes de mais nada, queremos dizer que estamos bem, ao contrario da esmagadora maioria dos haitianos, os unicos protagonistas desta tragedia. Seguimos o conselho de nossa embaixatriz, e viemos por nossa propria conta para a Republica Dominicana. Acabamos de chegar a Santo Domingo.

Nao queremos dar um destaque desnecessario ao que afetou um pequeno grupo de estudantes e um professor da Unicamp em meio a tragedia haitiana. No entanto, acreditamos ser importante revelar a atuacao de quem, naquele momento, dizia responder pela embaixada. Nao se trata de fofoca de blog, como disse o assessor Joao Leme, mas do relato de um grupo de 9 pessoas que tinha recebido a orientacao de se dirigir a embaixada e que foi surpreendido por uma reacao indigna de  alguem que ocupa uma posicao tao importante num momento como este.  E que conste, relatamos apenas aquilo que nos dizia respeito. A senhora embaixatriz fez comentarios politicos sobre a situacao do Haiti preocupantes, e que nao foram por nos revelados pois acreditamos que poderia ter um efeito nao desejado num momento como este. Apenas descrevemos o que ela nos disse. `voltem como vieram, nao temos nenhum compromisso com a unicamp, nao temos nada com a unicamp`.

A embaixatriz nao assumiu nenhum risco especial ao nos procurar. Ela procurou, sim, todos os brasileiros, o que nao era mais do que sua obrigacao, e andou pelas ruas de Porto Principe cercada de fuzileiros brasileiros. Nos ultimos dias, andamos, sim, pelas ruas de Porto Principe, e sem escolta ou seguranca. E nos surpreendeu o civismo e a docura no povo haitiano. A embaixatriz nao se arriscou quando nos procurou. O que ela fez, sim, foi um show sem previo aviso. Nao queremos tratamento privilegiado, de forma alguma. Queremos um tratamento respeitoso das autoridades brasileiras seja la onde nos encontremos, que nao foi o que tivemos.

Insistimos, nos preocupamos muito nao conosco – sobrevivemos, estamos bem, nao passamos fome nem sede, como a maioria dos sobreviventes no Haiti – mas com o Haiti, pais onde o Brasil vem assumindo um protagonismo sem precedentes.  Nos pergutamos legitimamente se aqueles que capitaneiam a missao diplomatica neste pais sao dignos da grandeza deste mesmo pais. O desrepeito a nos dirigido corresponde a uma fracao minina daquele que parece ser dirigido ao Haiti. O fato de ajudarmos o Haiti nao diminui a dignidade deste pais e de seu povo.  Esperamos que a ajuda dos brasileiros ao Haiti seja feita com a humildade que toda a atuacao de ajuda exige, e nao com a arrogancia e prepotencia que observamos em `nossa` embaixatriz.

Omar Ribeiro Thomaz, Otavio Calegari Jorge, Diego Bertazzoli, Werner Garbers, Joanna da Hora, Cris Bierrenbach, Daniel Santos, Rodrigo C. Bulamah, Marcos  Rosa

41 comentários

  1. Pessoal: tomei conhecimento do blog de vocês através de um artigo do Calegari, publicado no primeiro caderno do O GLOBO de hoje, falando que era do blog dele, mas sem dar link. Fui para o Google. Estou lendo há meia hora e profundamente emocionado.
    O post do Calegari, o publicado no jornal, onde ele fala do “povo haitiano será o último a ser atendido”, já repliquei, por e-mail, para todos os meus contatos.
    Caras: vão em frente. Deus está com vocês. Até o pescoço.
    Não tratei de “senhores” para não parecer a “em-baixa-atriz” brasileira nlo hai-de-ti!
    José Cláudio


  2. Que bom que já estão retornando…


  3. Infelizmente percebemos o quanto as nossas autoridades estão despreparadas para atuar no cargo que ocupam, e concordo com a observação de que a missão do Brasil é de solidariedade e não de soberania sobre um povo que sabe de suas mazelas e de suas necessidades. Vemos na tv um jornal noticiar sobre o resgate de uma enfermeira gravida que estava soterrada a mais de tres dias. O jornal noticiava o resgate feito pelos soldados brasileiros e pela equipe de reportagem, mas esqueceram de mencionar que era o povo haitiano que estava lá primeiro, fazendo as buscas, e aflitos por perceberem que havia uma pessoa viva sob os escombros.


  4. É engraçado: vocês fazem alguns posts relatando o que estão passando por aí, inclusive uma experiência com alguém do alto escalão, e já aparece setor da mídia e gente chamando vocês de “comunistas mentirosos e chorões”, dentre outras coisas, o que acaba pressionando pra vocês fazerem uma “retratação” completamente desnecessária graças a suspeitas injustas que jogaram sobre vocês.

    Incrível como uma única voz dissonante já causa uma choradeira danada entre os setores mais tradicionais e conservadores da mídia.

    Continuem com os relatos, e cuidem-se! O blog está tendo muito mais alcance do que vocês jamais imaginaram!


  5. Vocês tem toda a razao, e parabéns pela coragem de postar isso no blog. E que bom que jah estao na Rep. Dominicana, sem proteçao nao dah pra ficar no campo numa situaçao dessas. Soh fico com pena porque nao quero que voltem e que o blog acabe !


  6. Meus amigos e camaradas! Fico feliz que estao bem e imagino a revolta em relaçao ao que ficou pra trás! Voces cumprem um papel importante nesse ocorrido… Continuem a divulgar e denunciar a realidade nua e crua!
    Viva a solidariedade do povo haitiano! Que este tenha forças para lutar pelo que os esperam!


  7. Prezados Colegas,

    Eu deveria dizer que estou chocado com a atitude da Embaixatriz Roseana Aben-Athar Kipman, especialmente por tê-la conhecido de perto e trabalhado com ela no Centro Cultural Brasil Haiti, o mesmo local em que ela se negou a prestar apoio a vocês.

    A verdade, no entanto, é que esta atitude e as coisas que ela pode ter dito sobre o Haiti e os haitianos em nada me espantam. E como os colegas disseram, sinto-me envergonhado por ela.

    A descrição feita na postagem anterior corrobora perfeitamente com aquilo que presenciei ao longo do tempo que permaneci junto à Embaixada do Brasil no Haiti. E o tal assessor Paes Leme, pelo visto, está apenas cumprindo seu papel de tapar um buraco e encobrir uma ação para mais de vergonhosa de pessoas a quem eu mesmo recomendei que os colegas procurassem, imaginando que através da Embaixada, do Embaixador Igor Kipman e de sua esposa, tivessem a acolhida obrigatória devida a todo brasileiro que se encontra no exterior.

    Ontem, ao conversar com amigos que estão no Haiti, confesso ter ficado tenso e envergonhado ao saber que a ordem dada pela embaixada era de impedir o acesso dos alunos da Unicamp e do meu amigo Pedro Braun, como eu pesquisador do Museu Nacional. Não conseguia entender qual era o princípio que governava tal atitude. Perguntava-me por que o Embaixador e Embaixada do Brasil estão fazendo isso?

    Fiquei imaginando as cenas de filmes como “Killing Fields”, quando os cidadãos estadunidenses acorreram à sua Embaixada Nacional, deixando de fora milhares de cambodjanos desesperados.

    Cortei a imagem e transferi para a nossa embaixada no Haiti, negando a cidadãos brasileiros o mínimo de apoio que estes solicitavam: um local seguro para dormir enquanto decidiam o que fazer diante do quadro aterrador moldado por este terremoto.

    Novo corte, e retorno a cena, descrita como “debochada” ou como “fofoca de blog” por um assessor mal informado, que tem a obrigação de defender o indefensável, posto que a cena se desenrolasse diante de uma dúzia de testemunhas, além do grupo de pessoas do grupo da Unicamp, parte interessada. Neste novo corte revejo a Embaixatriz Roseana cercada por 4 ou 5 fuzileiros, armados com pistolas 9 mmm e duas sub-metralhadoras, depois de atravessar a cidade numa Nissan Patrol Blindada, bem vestida com seus cabelos presos num coque para trás, ostentando uma grossa corrente de ouro no pescoço.

    Não, não posso duvidar dos colegas da Unicamp. Com todo respeito, de quem pôde conviver com a Embaixatriz Roseana, é o que vejo. E fico envergonhado, porque fui eu mesmo quem confiou meus amigos pesquisadores a ela, de quem eu não esperava uma ajuda baseada privilégio da amizade, que ela tantas vezes exaltou que devotava a mim, mas o simples cumprimento dos direitos destes cidadãos brasileiros.

    Estou triste, envergonhado e decepcionado.

    Peço aos meus colegas da Unicamp desculpas por ter-lhes sugerido que entrassem em contato com a Embaixada. E junto ao meu pedido de desculpas vai també o pedido de minha colega e amiga Normelia Parise, diretora do Centro Cultural Brasil Haiti, que se empenhou no sentido de possibilitar que eles pudessem ser atendidos pela Embaixada, e simplesmente relatou-me não conseguir entender o que se passava naquele momento, pois não conseguia entender como numa situação como aquela pudesse haver algum tipo de atitude mesquinha e leviana como aquela assumida pelo comando de nossa Embaixada no Haiti.

    Abraços do colega,

    José Renato Baptista
    Antropólogo, Doutorando em Antropologia Social do Museu Nacional/UFRJ


    • “Neste novo corte revejo a Embaixatriz Roseana cercada por 4 ou 5 fuzileiros, armados com pistolas 9 mmm e duas sub-metralhadoras, depois de atravessar a cidade numa Nissan Patrol Blindada, bem vestida com seus cabelos presos num coque para trás, ostentando uma grossa corrente de ouro no pescoço.”

      A foto divulgada pelos estudantes no post sobre a embaixatriz a mostra mal vestida, de sandálias havaianas e sem colar (talvez seja muito discreto para a foto).

      Pela própria descrição deles ela parece não ter tomado banho ou se “emperequedado” há 3 dias.


  8. tenho acompanhado os relatos de voces,e sinto credibilidade neles,se a embaixada está virando as costas para brasileiros num país estrangeiro isso deve sim ser denunciado, esta diplomata tem que se explicar (e se defender)perante o povo brasileiro,ainda tem gente do brasil lá e não podem ficar desamparados. ass. cleder -pelotas rs.


    • Apesar de um tanto “porra-louca”, o próprio relato deles informa que a embaixatriz visitava TODOS os brasileiros.

      Como a embaixatriz falou (de maneira ofensiva até) e eles puderam compravar, o transporte por terra para sair do país estava mais fácil que o aeroporto.

      Lembrem-se que foram 3 dias sem ajuda externa e que a embaixatriz não é autoridade e nem foi treinada para a situação. Ela encarou uma situação acima de suas prerrogativas e viveu um grande stress tentando ajudar mesmo sem, aparentemente, ter essa capacidade.


      • Jaime , respeito seu ponto de vista e penso diferente de você. Desequilibrados , stressados podem estar todos que estão passando por tudo no Haiti , mas anterior a isto tem uma postura completamente contraditória e desnecessária – Carro blindado , fuzileiros, atitudes …..


      • Jaime, isso não justifica a maneira como se dirigiu ao pessoal da unicamp. Alí ela estava como representante da embaixada, mesmo não podendo estar , mas de qualquer jeito existem maneiras e maneiras para se lidar com problemas sérios e ela, já descartou toda e qualquer ajuda, mesmo que fosse a mínima. Minha avó sempre dizia que: “quem não tem competência não se estabelece” e essa pessoas que ocupam as embaixadas, mesmo pegando carona de mulher de embaixador, não têm o direito de se manifestar desta forma. A embaixada é o nosso país em solo estrangeiro e não a casa particular dela.
        Acho q a unicamp deve se pronunciar sim, contra o tratamento dado aos brasileiros no Haiti.


  9. Continuem com o blog. A atitude irresponsável das autoridades brasileiras no Haiti tem que ganhar alcance. Os brasileiros tem que saber qual é o tipo de conduta que esse pessoal anda tendo diante da tragédia haitiana.


  10. “A embaixatriz nao assumiu nenhum risco especial (…) andou pelas ruas de Porto Principe cercada de fuzileiros brasileiros.”

    Só para constar, Zilda Arns também andava escoltada por militares em Porto Príncipe. Parece que antes de ser “frescura” ou preconceito esta é uma regra local para algumas personalidades.


    • Regra baseada no preconceito contra o povo haitiano. Vivi durante um ano e meio no país, usei transporte público e todos sabiam e notavam que eu era um “blanc” (estrangeiro em créole).


  11. “A embaixatriz nao assumiu nenhum risco especial (…) andou pelas ruas de Porto Principe cercada de fuzileiros brasileiros.”

    Só para constar, Zilda Arns também andava escoltada por militares em Porto Príncipe. Parece que antes de ser “frescura” ou preconceito esta é uma regra local para algumas personalidades.

    Bom retorno para vocês.

    E, ao que parece, o acesso à “rodoviária” de Porto Príncipe foi tranquilo, bem como a viagem.


    • Jaime , só de curiosidade e o que você acha do vídeo embaixador do Haiti no Brasil ? Ele também estava estressado ?


      • Se se refere ao Consul do Haiti no Brasil, um absurdo injustificável. Deveria ser imediatamente substituido.

        Também não tem relação nenhuma com este outro caso.


      • tem relaçao sim Jaime! estamos aqui falando de pessoas que ocupam cargos importantissimos e representativos de paises em outros paises, mas que de fato nao tem a minima competencia nem para ser diplomatas/diplomaticos nem para Agir, o que é pior!

        isto é gravissimo, revela uma grande falta de bom-senso: por mais que a embaixatriz nao pudesse ajudar em NADA, como ela falou, ela no minimo tinha que ter lembrado que, no “cargo” dela, ela deve ao outro,como qualquer ser humano, respeito e humanidade, num momento tao critico entao nem se fala! e para isto nem diplomas sao necessarios!
        estas 2 atitudes revelam uma grande falta de inteligencia em acreditar, nos dias de hoje, de super comunicaçao entre todos, que suas palavras ficarao mudas e os deixarao impunes!

        PS: achei a palavra “porra-louca” deslocada, nao entendi o que os relatos do grupo tem de “porra-louca”!


      • Não são os relatos do grupo que são “porra-loca”, mas o comportamento da embaixatriz. Parece que ela sempre foi reconhecidamente excêntrica.

        As situações são diferentes porque o Consul do Haiti estava no Brasil (já a não sei quantos anos) e acompanhou os eventos de longe sem sentir toda a sua dimensão. A fala dele é conscientemente preconceituosa contra seu próprio povo.

        A embaixatriz estava no “olho do furacão” desempenhando uma função que não lhe competia. Por 3 dias sem apoio e sem autoridade “de fato”.

        Um surto de falta de educação nessa hora é plenamente justificável. Assim como um texto parcialmente escrito contra toda a diplomacia brasileira.

        Talvez o melhor que ela poderia ter feito fosse pegar o ônibus junto com o grupo da Unicamp e depois ficar dando entrevistas sobre os horrores que viveu para a imprensa.

        Ninguém falaria mal e nem criticaria essa atitude e ainda nos sentiríamos sensibilizados com os relatos desta experiência.


  12. “Pequena” diferença: Zilda Arns está morta, soterrada que foi no desmoronamento de uma igreja em Porto Príncipe. A embaixatriz está vivinha e sem nenhhum amor á humanidade. Zilda Arns não andava acompanhada de vários fuzileiros armados. Apenas de um soldado, ajudante de ordens, que a conduziu ao local onde deu a palestra – e morreu.


    • A embaixatriz necessariamente tinha que morrer no terremoto? Precisava ser desnecessariamente imolada, como Zilda Arns?

      “Amor a humanidade”? Como se pode julgar o amor de alguém por causa de uma fala infeliz após 3 dias de caos frente a duas centenas de milhares de mortos e de pessoas morrendo?

      Talvez ela e os militares devessem passar o dia a levantar as vigas de concreto com as mãos e a se fingir de médicos e medicamentos para forjar solução em busca de falsa redenção divina (porque em nada ajudariam as pessoas).

      O que dizer então daquele que vai embora ou que apenas observa (mesmo sendo tão impotente quanto os outros)?

      E um soldado (de metralhadora) também é escolta.


      • Engraçado esse “Jaime”. Será mesmo esse nome??? Uma situação trágica, um relato mostrando o tratamento de uma embaixatriz a um grupo de brasileiros no meio de uma tragédia colossal e a única coisa que ele faz é defender a postura da distinta senhora!!! Um terço dos comentários até agora é desse “Jaime”. É um cenário de guerra. As informações são valiosas. Pensando que essa é, ou era (pois a embaixada brasileira não tem compromisso com a Unicamp – com civis brasileiros que estavam no Haiti) a única fonte de informação diferenciada e com precisão científica sobre o Haiti. Devem ser postas em dúvida. Acho que esse “Jaime” deve ser “sobrinho” da embaixatriz e escreve isso a pedido do tio. Agora vc pode trocar de nome, tá, Jaiminho.


      • Flavinha, eu não sou parente de ninguém. A mulher do embaixador não deveria estar lá; não é lugar para pessoas sem preparo (e é difícil achar alguém preparado para situações como essa). A mulher do embaixador não representa o Brasil. É só a mulher do embaixador (aliás, deveriam tirá-la de lá já). Um ponto: li os posts, desde o começo, e achei o relato importante, mas “científico” esse blog não é. É subjetivo, pessoal, absolutamente individual – aliás, quão pouco “científico” este blog é.


      • Flavinha (se esse é o nome).

        Sou “Jaime” mesmo e não tenho relação nenhuma com o caso. O mais próximo que chego é de já ser formado pela Unicamp.

        Falei alguma incoerência ao tentar contextualizar a atuação da embaixatriz?

        Mas a questão de fato não é a embaixatriz, mas o linchamento que se faz das coisas a partir de um relato parcial e unilateral. O pensamento crítico implica em analisar todo o contexto antes de emitir posição e julgar. Às vezes aprendemos isso na universidade, às vezes não.

        Me sensibilizei com esta situação e foi muito fácil encontrar elementos para desmontar a crítica. Por isso os apresentei.

        Temos que ir além da crítica pela crítica e aprender a ler e interpretar várias fontes. Mesmo quando confiamos ou simpatizamos com um grupo.


      • Aliás, sobre a leitura crítica de notícias veja meu artigo em http://www.dicas-l.com.br/educacao_tecnologia/educacao_tecnologia_20070601.php

        PS: Eu NUNCA uso pseudônimos nos comentários que faço em redes sociais. Desqualifica o argumento.


  13. Nossa! Como as pessoas personalizam as coisas. A questão é o veto da embaixada brasileira em abrigar os pesquisadores da Unicamp. A embaixadora e seu estilo são questões secundárias. Espero que o povo da Unicamp faça uma reclamação ao Itamaraty a respeito e que os fatos sejam averiguados e que medidas sejam tomadas. É isso que deve ser feito.


  14. OBRIGADA!


  15. Vocês relataram muito bem a realidade do Haiti nos dias de hoje. Parabéns para o grupo, e muito obrigada pelas boas informações! Vale a pena continuar escrevendo o que voces viram e as experiências vividas com o terremoto. Vamos pedir a todos que repassem as informaões, é muito importante a verdade! abraços para todos voces Maria Jandre


  16. A questão que vocês levantaram, a partir do comportamento da embaixatriz, serve para todas as outras embaixadas do Brasil em outros países. Como atua o nosso corpo diplomático, principalmente em horas difíceis, como a que se vive hoje no Haiti, para apoiar os seus compatriotas?


  17. Não acho que a embaixatriz ‘não fez mais que sua obrigação’. É obrigação dela ir pessoalmente atrás dos brasileiros na capital?

    E afirmar que a mesma ‘não assumiu nenhum risco especial’ é uma irresponsabilidade. Vocês estão do lado da embaixada?

    Digo isto porque, em que pese o povo haitiano seja digno, o país está em situação de caos, sem nenhum aparato de segurança, com o povo no limite.

    Sem contar que me causa estranheza a mesma se dar ao trabalho de se dirigir a um local, numa situação sim, perigosa, apenas para dirigir-lhes ofensas. Tenha a impressão de que houve alguma discussão antes das palavras que, segundo o relato dos pesquisadores, a embaixatriz proferiu.

    Aos pesquisadores, sorte em sua epopéia de volta.


  18. Oi, gente!
    Que bom que vcs estao bem!
    Não se deixem abater por comentarios que visam desqualificar a importante tarefa que vcs estao cumprindo: mostrar a realidade do haiti e seu povo e igualmente uma outra visão da presença do brasil e da onu neste país.
    Força aí e muitos beijos


  19. Num momento como esse devemos ajudar uns aos outros. Pelo que me consta a Embaixatriz como representante oficial do nosso país deveria no mínimo ser solidaria, respeitosa e conduzir os jovens de forma mais educada. Pelo que me consta ela se prontificou a falar sem ao menos saber o que se passava com eles. Uma pessoa despreparada,incapaz de conduzir uma situação como esta. Se estava ou não escoltadaisso não tem importância no momento. O importante é exercer a diplomacia, a solidariedade, representar dignamente um país. Francamente…


  20. Estou acompanhando o blog de vcs desde a tragédia. Por obséquio, algum de vocês poderiam me conceder uma entrevista para o meu blog. Sou Vanderlúcio e escrevo de Fortaleza-CE. Boa sorte a todos.


  21. […] o assessor do Itamaraty disse que se tratava de “fofocas de blog”. O grupo, então, assinou uma carta questionando esse nova atitude do Itamaraty. “Não se trata de fofoca de blog, como disse o […]


  22. No Brasil nós temos leis. Vejam se esta pessoa não violou o artigo a seguir descrito. Depois da lei, cito os telefones da Corregedoria do Ministério das Relações Exteriores. É possível, sim, denunciar um comportamento possivelmente ilegal de um servidor público:

    Art. 27. Além dos deveres previstos no Regime Jurídico Único dos Servidores Públicos Civis da União, constituem deveres específicos do servidor do Serviço Exterior Brasileiro:

    I – atender pronta e solicitamente ao público em geral, em especial quando no desempenho de funções de natureza consular e de assistência a brasileiros no exterior;

    COR Corregedoria do Serviço Exterior

    (Anexo I – s/434-Anexo I) FAX: 322 –7840

    Telefone Direto: 223-7855


  23. gostaria de deixar registrado a minha indignação quanto ao tratamento dispensado aos jovens estudantes, sorte é que somos brasileiros e sabemos nos virar.


  24. O Haiti é tratado como um País Senzala.


  25. Quero esclarecer uma coisa. O tratamento da embaixada é um e este pode ser criticado.

    Entretanto a embaixatriz não deve favor a ninguém. Embaixatriz é como 1a dama, não ocupa cargo algum e não recebe por isso. É mera peça de enfeite.

    Se fosse uma EmbaixaDORA aí o papo seria outro…


  26. Mano Ike passou perto.

    Na verdade, a embaixatriz assumiu uma função que não tinha dever, NEM O DIREITO de assumir. Ela não pode responder pelo Serviço Exterior Brasileiro, mesmo sendo esposa do Embaixador. Se o Embaixador não estava, quem deveria responder era o Encarregado de Negócios, o Ministro-Conselheiro, etc., que ganham (status e $) para isso. Covardes estes, que deixaram a embaixatriz, que não tem função alguma no Serviço Exterior, assumir um papel que não lhe pertencia e ainda para dizer o que disse.

    O grupo deveria, sim, ter se exigido, como cidadãos brasileiros, receber atendimento de um servidor, nem que fosse um auxiliar administrativo, ainda assim mais legitimado a exercer o tipo de função de que a embaixatriz se apoderou.



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