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Nossa embaixatriz: notas sobre a atuação diplomática

16 de janeiro de 2010

Após conversar com nossos colegas do Viva Rio, diante da chegada de novos quadros desta organização em Porto Príncipe e em função de uma situação volátil, que muda a cada instante do que diz respeito ao acesso à água e comida, optamos por pedir abrigo à embaixada do Brasil. Diga-se de passagem, há dias amigos e parentes do Brasil insistem em que deveríamos recorrer à embaixada. Afinal, somos um grupo de brasileiros que viu seu trabalho no Haiti interrompido pela violência do terremoto, e estamos na expectativa do que fazer: ficamos e ajudamos? Podemos ajudar? Ou devemos partir para o Brasil em meio uma situação incerta e que se agrava todos os dias? E se decidimos partir, como partir? Seguindo a orientação de nossos colegas do Viva Rio, nos preparamos para seguir para a embaixada hoje pela manhã. Acordamos às 6 da manhã, após mais uma noite dormindo no jardim, e nos preparamos para esperar o veículo que viria nos buscar.

Ela irrompeu o portão do Viva Rio por volta das 8:30 da manhã e pediu que nos chamassem. Trazia um vestido curto algo entre o roxo e o verde, quase um furta cor, apresentava uma expressão rígida e abatida. Na certa estava tocada pelos últimos eventos. Os cabelos devidamente penteados pra trás, uma maquiagem excessiva e um colar de ouro ostensivo. Enquanto permanecíamos na sombra, ela se manteve no sol. Aos poucos, enquanto sua proeminente testa e suas bochechas se enchiam de suor, ela discorreu sobre grandes temas, aliando ciência, religião e política de maneira única. Em poucos minutos, a embaixatriz do Brasil no Haiti explicou por que um rabino, as placas tectônicas, seu marido, os mortos e o Brasil eram interdependentes.

Ela não nos perguntou nada. Não sabia quem éramos, ou o que fazíamos aqui. Quando soube que de um grupo da Unicamp se tratava, não titubeou: “A EMBAIXADA NÃO TEM NENHUM COMPROMISSO COM A UNICAMP. O EMBAIXADOR PROIBIU QUE FOSSEM HOSPEDADOS EM NOSSAS DEPENDÊNCIAS. ELE É O EMBAIXADOR, ELE MANDA; SE HOSPEDAMOS VOCÊS TEMOS QUE HOSPEDAR TODOS”.

E seguiu, com pérolas: “A EMBAIXADA NÃO VAI EVACUAR NINGUÉM PORQUE EU NÃO VOU SAIR DAQUI. VOCÊS DEVEM VOLTAR PARA O BRASIL COMO VIERAM. VOCÊS SABEM ONDE FICA O AEROPORTO, COMPREM PASSAGEM; VOCÊS SABEM ONDE FICA A RODOVIÁRIA, DE LÁ SAEM ÔNIBUS PARA A REPÚBLICA DOMINICANA”. E prosseguiu com a máxima: “NÃO TEMOS NENHUMA RESPONSABILIDADE SOBRE VOCÊS. VOCÊS ESTAVAM NO LUGAR ERRADO NA HORA ERRADA, SINTO MUITO”.

Poderíamos reproduzir detalhes de suas observações sobre a situação atual do Haiti ou sobre a política haitiana. Não o fazemos porque, com franqueza, sentimos vergonha alheia. Seu auto-centramento e sua falta de sensibilidade quanto aos impasses vividos pelos haitianos não fizeram nada além de nos constranger: ela pode ocupar a posição que ocupa?

Nos restringiremos àqueles elementos que nos afetam diretamente: pode uma embaixatriz simplesmente dizer “VOCÊS ESTÃO PROIBIDOS DE SE HOSPEDAR NA EMBAIXADA”? Ela não nos perguntou nada, não sabe da nossa situação, nada. Suponhamos que tivéssemos passagens de avião saindo de Porto Príncipe. Como chegar ao aeroporto? Não há transporte, não há combustível. Porto Príncipe é uma cidade grande e destruída. A “rodoviária”, na verdade, não existe, é a garagem da Caribe Tours, de onde saem os ônibus diários para Santo Domingo, e fica em Pétionville. Como chegar a Pétionville? Há lugares no ônibus? Os telefones estão colapsados. Pode o Brasil ter como representante neste país alguém que manifesta tamanho descaso por seus concidadãos abdicando das obrigações mínimas de uma embaixada em qualquer lugar do mundo? O que o Haiti pode esperar de embaixador e embaixatriz que atuam desta maneira? O que aconteceu conosco não tem a menor importância. Só é revelador do lugar que o Haiti parece realmente ocupar no universo de nossas relações internacionais.

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Devido ao fato de termos postado este texto hoje pela manha alguns minutos antes de viajarmos, pois nao tivemos acesso a internet ontem (dia 15/01), esquecemos de colocar nossas assinaturas. Assinam este texto:

Omar Ribeiro Thomaz, Otavio Calegari Jorge, Diego Bertazzoli, Werner Garbers, Joanna da Hora, Cris Bierrembach, Daniel Santos, Rodrigo C. Bulamah, Marcos  Rosa

182 comentários

  1. absurdo. nao sei nem o que dizer.


    • VADIA!!


      • Nem vou entrar no mérito da questão. Não sei se a embaixatriz está errada ou não. Pelo relato, provavelmente está.

        Só lamento comentários desqualificativos e abaixo-da-cintura como esses, que em nada contribuem para a situação e são aprovados pelo administrador deste blog: o auto-denominado “brasileiro” (que sequer tem coragem de se identificar) achou que a melhor maneira de contribuir para a situação é usar um qualificativo machista (se a embaixatriz possui condutas deploráveis decorre que ela é “vadia”, ou seja, dá para todo mundo) para definir a embaixatriz.

        Em síntese, o tal “brasileiro” e a tal embaixatriz do Brasil no Haiti se merecem: são oriundos do mesmo esgoto cultural que contribui para as mazelas de nosso país.

        Em tempo: NÃO conheço a embaixatriz (até hoje, nem sabia de sua existência) e sequer tenho qualquer relação mesmo remota com diplomatas ou qualquer pessoa que more no Haiti. Sou só um visitante que leu a notícia no blog do Nassif e veio conferir a mensagem original. Lamento e me envergonho que um autodenominado “brasileiro” abaixe o nível da discussão dessa maneira. Esse tipo de agressão gratuita é tão vergonhosa quanto a suposta conduta da embaixatriz.


      • Aliás, essa situação está muito estranha.

        Alguém faz o relato sem ao menos se identificar (por que? todos os outros posts desse blog, pelo que vi, são identificáveis).

        Acrescenta ao relato circunstâncias que nada tem a ver com o caso (a maquiagem da embaixatriz, a aparência física), o que denota mais uma vontade de desforra do que o desejo de ser objetivo e denunciar o fato.

        Deixa de mencionar que a embaixada brasileira está destruída.

        Não menciona nenhuma prova (gravação da conversa, etc.) que possa abonar que essas foram as exatas palavras da embaixatriz.

        Isso está soando mais um desabafo emocional de alguém frustrado por não receber privilégios do que uma denúncia séria e consistente.


      • Que comentário agregador e digno de ser publicado, não é mesmo senhores pesquisadores?


      • É mesmo! Cadê seu respeito? Deve-se dizer Vossa Exma Vadia.


    • EM PRIMEIRO LUGAR, VOCES DEVERIAM PROCURAR O CONSULADO, QUE CUIDA DE BRASILEIROS E NAO A EMBAIXADA, QUE CUIDA DE ASSUNTOS DE ESTADO. FORAM AO LUGAR ERRADO.
      A embaixada, de fato, nao tem responsabilidade nenhuma sobre voces. Imagine a quantidade de brasileiros pelo mundo, e a embaixada tendo que cuidar de todos?!?!
      Concordo com o que ela falou, mesmo a forma de dizer estando errada.. Voces foram para O Haiti porque quiseram. NAO ESTAO FERIDOS, NEM INCAPACITADOS, PORTANTO, TEM QUE SE VIRAR.
      Voces realmente acharam que a embaixatriz, que deve estar cheia de servicos para fazer, com a quantidade de avioes que estao ali chegando, vai para suas funções para atender um grupo de estudantes??
      Se voces forem à receita federal em suas cidades, falar que seu gato subiu na arvore, o que espera que o atendente faca??


      • que cobre proprina para ajudar a descer o gato, lógico!


      • Num caso de catástrofe como esse, o protocolo pode ficar em segundo plano. Afinal, a fuga ao protocolo pode ser justificada como “motivo de força maior”, sendo que prevalece o ato discricionário do servidor, seja ele oficial de chancelaria,seja ele diplomata, seja ele embaixador… um encaminhamento ou plano estratégico para situações de catástrofe deveria ter sido estabelecido pelo COMPETENTE embaixador. Creio que a tradição diplomática brasileira (não obstante se é de e da embaixada ou do Consulado-Geral) é a de não lidar particularmente com problemas dos cidadãos comuns, o que parece bem estranho em relação a outros países. Uma vez quando estive em Lisboa, houve um caso de estupro coletivo contra uma jovem alemã. Ela recorreu à embaixada de seu país e teve todo o apoio financeiro, jurídico e psicológico para lidar com aquela situação. As embaixadas ou consulados dos Estados Unidos e da Grã-Bretanha também prestam esse tipo de auxílio aos seus con-cidadãos, principalmente em situações de guerra, catástrofe e instabilidade social.
        Tenho amigos com dupla nacionalidade e a embaixada brasileira realmente é a última opção em caso de problema. É comum, casos de brasileiros que têm documentos perdidos ou furtados no exterior e ficarem semanas em condições deploráveis esperando o passaporte de emergência. Na verdade, ainda prevalece a velha “cultura da exterioridade” na diplomacia brasileira, coisa feita para inglês ver. Quando o Haiti se reerguer, que o Itamaraty ofereça um daqueles jantares memoráveis!!!


    • Não sou do Itamaraty mas acredito ser necessário um esclarecimento oficial a respeito deste incidente. De qualquer maneira abaixo vai uma nota do Ministério de Relações Exteriores a respeito do Haiti

      Terremoto no Haiti

      O Governo brasileiro tomou conhecimento, com consternação, do terremoto, de 7.3 de magnitude, que abalou o Haiti, por volta das 17 horas (hora local), em 12 de janeiro.

      O Ministro Celso Amorim conversou com o Presidente da República, a quem transmitiu as primeiras informações recebidas a respeito da situação no Haiti. De acordo com relato recebido do Encarregado de Negócios do Brasil em Porto Príncipe, Cláudio Campos, o prédio da Embaixada do Brasil sofreu sérios abalos, mas não houve vítimas entre os funcionários brasileiros. Há informações de que algumas instalações militares da ONU sofreram danos. Estão sendo recolhidas informações sobre a situação das tropas brasileiras na MINUSTAH e demais brasileiros a serviço da ONU.

      O Presidente Lula manifestou sua profunda preocupação com a situação dos brasileiros e do povo haitiano. Instruiu para que sejam avaliadas as necessidades para que o Brasil possa apoiar o esforço de ajuda humanitária ao Haiti.

      Já está em operação, no Itamaraty, sala de crise sobre o Haiti, com funcionamento 24 horas, sob a coordenação do Embaixador Marcos Vinícius Pinta Gama. Informações referentes a cidadãos brasileiros no Haiti poderão ser obtidas junto ao Núcleo de Assistência a Brasileiros, nos seguintes telefones: (061) 3411.8803/ 8805 / 8808 / 8817 / 9718 ou


  2. Prezados amigos,

    É com muito pesar que constato o absoluto desamparo do aparelho estatal brasileiro para com seus cidadãos num momento tão difícil como esse. Sinceramente, não entendo o cálculo político que representantes do estado brasileiro fazem ao emitir gratuitamente declarações que somente trazem mais consternação e revolta, como essas que vocês estão reproduzindo. Imagino que existem vários meios mais dignos de dizer que não há recursos para atender a todos os brasileiros vitimados pelo ocorrido. Entendo que o sentimento humanitário dessas pessoas se resume aos seus próprios interesses pessoais e profissionais sem considerar minimamente o próximo. Aliás, solidariedade é uma coisa que não se espera de burocratas, mas de pessoas que amam. É somente de amor e solidariedade que vocês precisam agora, porque tecnicamente não há nada que a burocracia e a lei do seu país (Constituição Federal do Brasil), sozinhas, possa fazer. Lamento muito e me solidarizo com vossa revolta. Desejo sorte.


  3. gente, isso eh um absurdo.. temos botar isso no jornal!!


    • Ficou louca?!
      Não há comprovação de nada do relatado. Podemos ser processados.


  4. Quando você a descreveu eu tive uma má intuição. Tentem algum contato com alguem do governo, saiam daí. Estamos adorando ler suas vivencias, mas, todos desejamos aqui que vocês estejam bem e em solo brasileiro o mais rápido possível; é louvável querer ficara e ajudar, toda ajuda é importantem mas, precisam sair daí.


  5. A frieza da embaixatriz é assustadora. Ela mais parece, pela descrição, personagem de Gabriel García Márquez, mulher de um ditador de um país latinoamericano, não esposa de um embaixador que deveria estar comprometido em dar garantias aos brasileiros que estão em solo haitiano.
    Como vocês estão se alimentando? A ONG Viva Rio garante?


  6. A incopetente embaixatriz esqueceu qual é a função de uma embaixada. Antes de mais nada o embaixador e a sua esposa não são donos. São meros representantes do Brasil e sua função primordial é apoiar seus concidadãos. Tentem apoio através do Brasil via Unicamp. O resultado será melhor. Se quiserem e acharem importante, divulguem este fato para a imprensa. Chega de falácias governamentais. É preciso denunciar o que realmente estão acontecendo.


  7. […] Leia o relato no blog dos pesquisadores da Unicamp no Haiti. […]


  8. Gente que raiva!!!!!!!!!!! Se ela diante de uma tragédia dessas, se veste desse jeito e se comporta assim, imagina em situações normais como não é? Deve se sentir a PODEROSA DO HAITI. O Gaspar deu uma boa sugestão, de tentar via Unicamp uma solução para vocês. Do mais só penso que as embaixadas servem para dar boa vida a essa gente que a ocupa, com altos salários, mordomias e organizar festas , o que provavelmente essa embaixatriz deve fazer com muita presteza . Já tive que recorrer a uma na Bolívia e foi um desastre. E agora? O que vocês pretendem fazer? Recorrer ao exército adiantaria??????


    • “O secretário-geral do Itamaraty, embaixador Antônio Patriota, deve viajar na manhã deste sábado para o Haiti, acompanhado de outros 29 passageiros.

      Segundo a FAB, Patriota vai coordenar os trabalhos de ajuda e resgate no país e avaliar a situação da embaixada brasileira após o terremoto de magnitude 7 que devastou a capital haitiana.” UOL

      Vocês podiam dar um jeito de encontrar esse homem, pelo oque estou lendo no blog ele é a unica pessoa que pode ajudar vocês, já que a embaixatriz negou fazer o trabalho dela.


  9. Resposta absurda. Diante dessa atitude,que ainda prefiro acreditar que não é oficial, o melhor caminho me parece ser solicitar uma iniciativa da UNICAMP. Se acham que há algo a fazer nesse sentido,indiquem-nos. Não seria o caso de pedir à ADUNICAMP essa intermediação? E também à representação estudantil?


  10. Só digo que, primeiro de tudo, não se pode negar que brasileiros entrem em território brasileiro, seja esse o próprio país, ou uma missão diplomática em território estrangeiro. Vocês podem considerar isso como uma ação ilegal, e a embaixada deve responder diretamente ao Executivo por isso.
    Segundo, diante da destruição do país, nenhum esforço, seja do Governo Executivo, ou seja apenas da força aérea deve ser negado para que se garantam a segunraça de brasileiros em território estrangeiro, ou seja, essa também pode ser considerada uma ação ilegal da embaixada, por omissão permitir que brasileiros corram risco de vida. Querem um conselho? Aproveitem a imprensa que está no país, e mostrem o descaso do governo brasileiro. Contatem alguém da UNICAMP para que estes contatem Brasília, o Presidente seria incapaz de não permitir que voltem com os aviões da força aérea que estão chegando com ajuida humanitária.
    Na verdade pra ser bem sincero, isso para mim não só parece um descaso com a vida e segurança de vocês, mas são ações ilegais e inconstitucionais tomadas pela embaixada. Nem o acesso, nem o resgate pode ser negado jurídica ou humanitariamente.


    • antes de postar alguam coisa, sugiro que se informe. O territorio da embaixada nao e territorio brasileiro! Ele e territorio haitiano, cedido ao brasil, confome convencao de Viena.
      2- voce sabe a diferenca entre acao ilegal ou incostitucional, como mencionou?? que artigo da constituicao esta sendo violado?


      • E na prática é o que?


  11. Caros e queridos sobreviventes…na qualidade de pai de um de vcs me senti na obrigação de, por aqui, tentar fazer alguma coisa através de autoridades superiores. Por gentileza peçam pra meu filho informar se esse texto não foi assinado por ser a opinião de todos ou porque o responsável, por algúm motivo, não quis se identificar…TRATA-SE DE UMA POSTURA GRAVÍSSIMA DA EMBAIXATRIZ E DEVE SER LEVADO AO CONHECIMENTO DE TODOS OS BRASILEIROS.

    Obrigado


    • Há oito aviões brasileiros em Porto Príncipe, e alguns deles vão voltar até amanhã para serem recarregados no Brasil. Não entendo, porque ainda não há uma ordem expressa do Executivo para evacuar todos os brasileiros que se encontrem em situação de perigo no haiti. Eu não posso recomendar que o grupo se arrisque numa busca do comando da MINUSTAH ou da Força Aérea, mas o que podemos fazer é contatar o governo em Brasília, exigindo o retorno dos brasileiros, como segundo os princípios do direito internacional, não pode ser negado por qualquer autoridade haitiana ou brasileira.


  12. É estarrecedor o comportamento dessa indígna ocupante de cargo de relevância fora de nosso país . Para que serve nossa embaixada ? Para ser usada pelos Zelaias da vida ? Ora , ora !!! Tomo a liberdade de fazer esse relato circular em nossa imprensa via blogs . Se já não bastasse todo o sofrimento por que estão passando , ainda suportar essa ”deslumbrada” ou seria ”tresloucada” sra ?

    Espero que retornem em paz e que façam a devida representação desta , quando em solo brasileiro. Infelizmente nossa diplomacia está longe de sua representatividade !

    Abraço e toda a minha solidariedade aos nossos irmãos haitianos nesse momento de tanta dôr e sofrimento !


    • Acho que a Senhora não conhece nada do trabalho do Itamaraty e de uma Embaixada ou de seus representantes no exterior , por isso procure se informar antes para emitir qualquer opinião desabonadora ou não. Essa resposta serve para todos que atacaram a atitude tomada pela Embaixatriz sem saber ao certo o que realmente se passou. Essa resposta serve tyambém para o Sr. Gaio grimald que apenas quer ser um ” gaiato”


  13. Vamos achar o nome da infeliz e denunciar. é a unica coisa que resta a fazer. Se a embaixadora é isso, imagina o resto do horror.


  14. O Haiti é aqui mesmo… é por essas e outras que fica a dúvida sobre a boa vontade e as intenções verdadeiras dessa missão brasileira no Haiti. Nosso país é cheio desses pequenos ditadores, ávidos por manifestar poder em alguma situação. Será que não entregamos o Haiti aos cuidados de alguns desses pequenos tiranos?
    Será que comportamentos como esse não são os maiores responsáveis pela demora na ajuda aos sobreviventes do terremoto? Enquanto os homens exercem seus podres poderes.
    Será que não há nada que possamos fazer por aqui para resgatar nossos concidadãos. Não vejo como as pessoas poderam ficar no Haiti e ajudar se não podem contar com as poucas autoridades brasileiras como parceiras. Nesse caso, o melhor para todos seria que o Brasil organizasse uma evacuação dos sobreviventes brasileiros.


  15. Creio que depois dessa denúncia quanto ao comportamento dessa embaixatriz “eles” irão tirar
    vocês daí rapidinho e enviar de volta para o Brasil,
    vocês talvez sejam a única fonte da verdade sobre os reais problemas que o Brasil enfrenta para ajudar
    o povo haitiano e uma delas é o fato de ter funcionários como essa embaixatriz que acredita ser
    o poder aí,com esse comportamento ela envergonha nosso país.Não sei qual é a dimensão dessas informações que vocês nos passam mas não se surpreendam se retornarem logo para o Brasil.
    Um abraço à todos!


  16. Ela é um exemplo do todos chama de classe A, uma elite que chafurda na lama, como Onwell demostrou em seu livro “A Revolução dos bichos”. Também foi representada no filme de Bunel, “Anjo Exterminador”. Hoje é como uma socialite preocupada apenas com grifes, ou seja com a dimensão material, se esquecendo de que daqui nada levamos. O pior de tudo é que na Estrutura do Pratico Inerte (Sartre), tudo o que vai volta, como Newton demostrou, e Jesus viveu. Mas, o Lula sabe disso?


  17. O Haiti está em péssimas mãos

    Li agora a pouco no blog dos “Pesquisadores no Haiti” a “política de ajuda humanitária” da embaixada do Brasil no Haiti para os brasileiros civis que lá estão (Veja em Nossa embaixatriz: notas sobre a atuação diplomática). Fico imaginando que se a diplomacia brasileira se comporta assim diante de brasileiros bem escolarizados e informados, o que será feito com o povo haitiano? As declarações da embaixatriz do Brasil no Haiti é a coroação das barbaridades que estão sendo cometidas, mais uma vez. Contudo, em matéria de barbaridade a lista é grande, mas elas também são ilustrativas e educativas.

    Ontem, desde o início da tarde, a Globo fazia chamadas para uma matéria onde a correspondente Lilian Teles teria acompanhado o resgate de uma mulher soterrada em Porto Príncipe. A reportagem começa com Lílian “desfilando” por Porto Príncipe com carros da Onu acompanhada de soldados brasileiros, todos com fuzil na mão apontando para o povo. A velocidade do carro quase põe abaixo o “furo jornalístico”. Alguém corre atrás do carro pedindo ajuda. Lílian pede que parem o carro, única razão para o automóvel realmente parar. Os soldados, todos armados, vão até os escombros e constatam o que os haitianos que ali estavam já sabiam: havia alguém vivo ali. Os soldados não largam os fuzis nem mesmo para pegar na mão da mulher, uma enfermeira soterrada sobre aquilo que fora um hospital. Eles não têm pás ou outros equipamentos, mas continuam a segurar os fuzis e a empurrar os haitianos que lá estão para que as câmeras da Globo continuem a registrar a “emoção” da repórter e a “solidariedade” do soldado brasileiro. Há um corte na reportagem e logo em seguida se vê bombeiros, sabe-se lá da onde, pois a matéria não fala, retirando os escombros. A mulher já aparece com o corpo semi-soterrado. Novo corte: Lílian já está na base brasileira, longe dos escombros e explica que não pode ficar até o fim do resgate, pois não daria tempo de voltar antes de escurecer. Antes anuncia que o circo deve continuar, pois a mulher foi trazida para a base brasileira e lá a repórter irá procurá-la para um “emocionante encontro”.

    Ainda ontem, ao regressar do Haiti, o ministro da Defesa, Nelson Jobim, disse a imprensa que chamar os brasileiros ainda não encontrados de desaparecidos é um “eufemismo”, já que todos devem está mortos. Os familiares destes militares devem está chocados diante de tamanho “compromisso” do chefe-maior das forças armadas de nosso país. E os haitianos desaparecidos, terão a mesma “dedicação”?

    Soma-se ainda as declarações preconceituosas e oportunistas do Cônsul do Haiti em São Paulo que disse que o terremoto era bom para ele, pois assim o país se tornava conhecido e que a culpa era da “macumba” praticada pelos africanos (Veja em Desgraça é boa para nós, diz cônsul). Preconceitos, não tão explícitos, também estão em várias matérias que “explicam” que muitos corpos estão na rua devido a uma “tradição vudú” e que os haitianos cantam porque já estão “acostumados com as tragédias”.

    É lamentável que a maior tragédia natural a atingir o Haiti esteja acompanhada de uma tragédia de desumanidade tão grande da mídia e de governantes.

    Contudo, isso me parece ser apenas a ponta do iceberg de algo muito pior: o governo Lula está tratando a tragédia como uma “oportunidade” do país se “consolidar”, tanto que o Brasil está disputando a coordenação da “ajuda humanitária”; boa parte dos recursos que estão sendo doados por estados, instituições e pessoas deverá ser canalizado para a a ONU manter tropas no país a longo prazo, ampliando estas forças com a desculpa de “reconstrução do Haiti”; a cobertura da mídia reforça a idéia que as tropas estrangeiras estavam no país para “ajudá-lo”, mentira facilmente desmontada pela ausência de tratores e outras máquinas no país e pelo farto material bélico que se vê pela TV, e só repete os preconceitos racistas e classistas contra o lutador e heróico povo negro haitiano.


  18. Nossa, que texto elucidativo. Esta embaixatriz parece mesmo uma autêntica terceiromundista, mais interessada nas benesses do cargo do que em desempenhar bem o seu papel. Se vocês estiverem com dificuldades muito grandes, é melhor procurar uma embaixada européia ou a dos EUA. E não fiquem “enrolando” muito, porque pode não haver esmola suficiente para sustentar 10 milhões de pessoas. Aliás, num país minúsculo que devastou todas as suas florestas, nem água mais tem para este povo todo. Vão levar água e comida de navio e de avião, para 10 milhões de pessoas, por tempo indeterminado? E quem vai pagar por isso tudo? Parece mais racional distribuir esta população pelo mundo e transformar a ilha em algum ressort, porque aí tem gente demais para recurso de menos…


  19. Acho que cabe levar isso à mídia e ao Itamaraty.


    • Não se engane, amigo, o papel que cabia à mídia hoje é da Blogosfera, espalhe pela net, por todos os sites e países que puder, dai vc verá algum movimento..


  20. é impressionante como o relato de vocês tem me acompanhado nesses últimos dias. há uma vontade de chorar e é impossível não sentir raiva também. vocês talve não saibam, talvez nem tenham dimensão disso, (ou tenham, ou simplesmente estou exagerando), mas me parece que ajudam mais do que esses grandes “organismos e organizações”. vocês fazem parte da experiência de vida de pessoas que estão sofrendo e vocês estão sofrendo coisas que a população local parece ajudar mais do que qualquer autoridade.

    buscar a embaixada faz sentido, mas cansa-me a separação entre nações. as manchetes dizem “17 brasileiros morreram” ou qualquer coisa relacionado a brasileiros. desculpem-me, mas não é uma questão de nação, de pátria. é algo minimamente humanitário.
    humanista, eu diria.


  21. Olá. Sou jornalista do UOL e vou recomendar ao pessoal que entre em contato com vocês e com essa moça. Ela vai ter de se explicar.


    • Agradeçemos o Apoio.

      PS: CANCELE UOL!!!!


  22. Acho estranho…

    Não quero desmerecer, nem desmentir o texto por que simplesmente não estou lá. (Único sem assinatura no Blog)

    Porém, acho muito enfáticas e sarcasticas as decrições para quem sem diz tão injustiçado.

    O Brasil tem enviado tropas ao Haiti há anos e agora só intensificou com Bombeiros e Médicos… Acho MUITO dificil crer que não ajudaria os seus.

    Talvez, eu digo talvez, algum letrado mimado nesta situação horrível esperava algo que não poderiam lhe dar e acabou levando uma bronquinha.

    Eu particularmente estaria procurando uma pá para tentar procurar um sobrevivente e não um link de Internet ou ocupando uma linha telefonica.

    atc,

    Bruno

    ps.: neste exato momento estão aparecendo pessoas sendo trazidas de volta.


  23. enquanto isso…

    http://www.fab.mil.br/portal/capa/index.php?mostra=4527

    15/01/2010 – 15h22
    Aeronave com brasileiros repatriados chega ao Rio de Janeiro esta manhã
    A aeronave C-130 Hércules da Força Aérea Brasileira que chegou ao Brasil ontem trazendo quatro brasileiros repatriados terá seu pouso antecipado. O avião chegará à Base Aérea do Galeão ainda na manhã de hoje. O pouso está previsto para as 11h30.

    Os irmãos Paulo Victor Micoline de Moraes e João Carlos Micoline de Moraes, filhos de Eliana Micoline, brasileira funcionária da ONU no Haiti, devem ser abrigados na Base Aérea do Galeão e aproveitar um avião da FAB que seguirá rumo a Brasília. A expectativa é de que eles cheguem à capital ainda hoje.

    A madrasta do jovens, Kátia Morais, e o irmão Alexandre Moraes procuraram a Base Aérea de Brasília ao saber que os jovens haviam embarcardo em uma aeronave da FAB. Na unidade eles foram informados que os irmãos já haviam saido de Boa Vista e voavam para o Rio de Janeiro. Os dois vão ficar aguardar na Base Aérea do Galeão, enquanto uma aeronave da FAB é disponibilizada para transportá-los até Brasília.

    “Receber essa notícia é como se tivesse nascido novamente, é um milagre, é muito desespero, saber que eles estavam viram tanto abandono, tantas coisas ruins. Estamos muito felizes por saber eles estão bem”, explica Kátia lembrando que anteriormente, só sabia que eles haviam sobreviveram.

    “Quando soube do terremoto pensei que estavam em Miami passaeando. Liguei para minha sogra e soube que estavam no Haiti, mas que estavam bem. O que nos informaram é que estavam no primeiro andar do hotel e pularam, inclusive, o João Carlos machucou o braço. Eles estavam descalços e sem documentação. Vimos pela televisão que eles estavam vindo em uma aeronave e corremos para cá”, destaca Kátia.

    Fonte: CECOMSAER


  24. É um absurdo esse descaso com vcs.
    Se de fato decidirem recorrer à Unicamp e precisarem de qualquer intermediação nossa, daqui do Brasil, estamos plenamente à disposição.


  25. 1. Quem assina este post?
    2. Fala da “embaixatriz”, mas sequer menciona seu nome.
    3. Descreve a mulher com preconceito, escárnio até: “[…] enquanto sua proeminente testa e suas bochechas se enchiam de suor… […]” – o que isso tem a ver com o assunto em discussão?
    4. Não havia nenhum funcionário na embaixada? (embaixatriz não é funcionária, é membro da família do Embaixador);
    5. Qual é a posição oficial da Embaixada? Quem da Embaixada informa essa posição?

    1. Antes de denunciar alguém, tenha o mínimo de coerência com o que diz, do contrário a denúncia parece coisa de inveja, de picuinha pessoal;
    2. Quando se acusa alguém, o mínimo de escrúpulos que se espera do denunciante é que ele se identifique;
    3. Seria melhor do que você citasse o nome da pessoa que denuncia, ao invés de ficar descrevendo a roupa dela, as características físicas dela. Nunca desqualifique uma pessoa dessa forma, sobretudo por qualidades físicas;
    4. Não é porque você está estagiando no Haiti em tempos de terremoto, que você virou herói. Um pouco de modéstia não lhe fará mal, seja lá quem vc for.


    • Ta bem entao JP. A conclusao a que se chega eh que vc quer saber quem publicou os comentarios e criticar como esta fulana foi descrita no blog.

      O que todos os outros desejam saber: falando em nome de quem ela recomenda que eles partam para a Republica Dominicana de onibus, perambulando sem protecao por um pais em frangalhos. Acorda!


    • É um texto maravilhoso, seria incompleto sem as cores, texturas e testões..


  26. As tropas que estão lá não são ajuda humanitária. São tropas de segurança para a estabilização do país, dominado por gangues, sem exército ou polícia…

    A ajuda humanitária sai agora…


  27. O nome dela é Roseana Teresa Aben-Athar. Foi ela que achou o corpo de Zilda Arns nos escombros da igreja, segundo os jornais. Deve estar em choque ou estressada por tudo o que viu, pelas inúmeras solicitações, pela impotência, quem há de saber? Acho que ninguém está agindo racionalmente ou seguindo protocolos aí no Haiti. Um quartel brasileiro que ficou de pé está hospedando todos os repórteres que chegaram do Brasil. Mas escoltar a Globo, convenhamos… A não ser que toda a imprensa esteja sendo escoltada, o que nem seria absurdo, já que para fazer a cobertura a imprensa precisa mesmo de segurança. Enfim, difícil situação.


  28. Sinto muito por essa situação kafkiana.

    Temos que escrever diretamente ao Itamarati e denunciar a incompetência do pessoal da Embaixada. Sério. Em nome da Unicamp!
    Força aí pra vcs!


  29. Queridos,

    Desde ontem tenho me emocionado com o que vocês estão escrevendo. E ao mesmo tempo penso em ajuda-los. Já coloquei no meu facebook a situação de vocês. O que gostariam que fizessemos? Querem que eu entre em contato com a midia? Eles estão reportando o tempo todo a situação do Haiti. Graças a Deus vocês estão bem. Mas esse descaso e tudo o que vocês têm vivido também é uma agressão. Onde estão os familiares de vocês? Vocês estão sozinhos? Querem ajuda?


  30. É preciso divulgar isso!!!


  31. Uma vez uma amiga me perguntou: qual a diferença entre diplomacia e hipocrisia?


    • É mais divertido ser pago para ser hipócrita.. acho que é isso..


  32. É melhor deixarem o país, neste momento. Acredito que daqui a um tempo todo tipo de ajuda chegará em todos os pontos. Mas quando? Até que a situção esteja realmente equilibrada vocês ainda estão correndo risco. É impossivel saber até quando o ser humano consegue suportar essa situação de insegurança, fome, tristeza e desesperança… É preciso uma intervenção, sim, pra que uma situação de anaquia não se instale aí. E vocês, o que pretendem fazer?


  33. Estou chocado! Nossa, sem palavras…


  34. Meus caros , um abraço, vocês sabem que têm a solidariedade de muita gente , e isso pode ser de algum conforto
    Gostaria de agradecer pelos relatos do blog, que têm ajudado a construir uma imagem mais ampla da situação no Haiti. Mais ampla no caso do que apenas aquela obtida nos relatos dos meus colegas que também estão por aí. Sim sou jornalista, tenho acompanhado e trabalhado no noticiário diário pós-terremoto. E mais uma vez confirmo que quanto mais visões dos fatos , melhor. Por isso um apelo: sei que a situação está complicada, que o quadro é grave e a tendência à espetacularização sempre atrapalha. Mas peço que alem de tentar manter atualizado o blog, que já se tornou referência importante para muita gente, quando possível, quando acharem que é o caso, quando forem contactados, que vocês falem com os jornalistas brasileiros. Até para que essa visão mais ampla permeie a cobertura. É um pedido, uma ideia, de quem vive as agruras da escassez de notícias , de informações confiáveis e sabe como é importante ter um leque maior de fontes de uma mesma notícia.
    No mais, desejo a todos por aí que a situação ganhe ares de normalização o mais breve possível. E toda a solidariedade ao povo haitiano.
    Um abraço
    Marcelo


  35. Claro que em uma situação como esta todo cuidado é pouco. Posso imaginar o desespero das forças armadas, brasileira ou não, tentado manter a ordem. Determinados comportamentos são necessários, e erros acontecerão e muitos…O ministro Nelson Jobin ao dizer “eufemismo” foi precipitado…afinal vimos pessoas soterradas e retiradas com vida! Porem, neste momento é difícil julgar e o tempo nos dirá sobre o interesse dos países nessa grande “ajuda humanitária”. Mas interesses, passado,etc não nos importa neste momento. O momento hoje é de solidariedade e força. É preciso tomar uma atitude! O que vocês pretendem fazer?

    – O que mencionaram sobre a embaixatriz é terrivel… Deixem o momento passar e ela terá retorno sobre esse compotamento.


  36. Só de pensar que meu dinheiro que vem suado, árduamente trabalhado e merecido sustenta essa gente. Eu sinto revolta. A arrogância de toda a classe de diplomatas brasileiros merece meu vômito. é de dar asco.

    Quero mais é que roubem o colar dela. Bitch.


    • Tem alguns que se salvam.. não ofenda a classe..


  37. Parabéns pelo Blog,

    Eu o encontrei pelo Google e percebi que ele se difundiu rapidamente, tudo que vocês escrevem aqui está sendo reproduzido por vários sites do Brasil e Portugal.

    Não entendi uma coisa, vocês foram à embaixada pedir abrigo ou ajuda para voltar ao Brasil?


  38. Pelo amor de Deus. Saiam do Pais. Vejam, há sinais de novos terremotos. Foi reportado na Globo News, neste momento.


  39. Registro aqui, como ser humano, como brasileiro e como aluno da Unicamp minha pofunda indignação com esta situação vergonhosa.
    Tratarei de divulgar como puder este absurdo.


  40. Essas autoridades são simplesmente um DESFAVOR a qualquer país, seja essa embaixatriz brasileira patética, o consul haitiano boçal e preconceituoso, seja a Minustah que enquanto força de estabilização política tem sido um bom enfeite para a rede globo.

    Se precisarem de algum tipo de intermediação com a unicamp ou com alguém daqui, podem contar comigo!


  41. Estou chocado com a descrição da atitude da embaixatriz Roseana Teresa Aben-Athar Kipman, a quem tinha em alta conta em virtude de seu trabalho voluntário com crianças haitianas atentidas em uma creche do país mantida por religiosas. Só a descrição de como a mulher estava vestida já é profundamente reveladora de seu caráter. Em momentos de crise é que se conhece melhor as pessoas.

    Dois filhos de uma funcionária da embaixada brasileira no Haiti chegaram ontem ao Brasil em um dos aviões da FAB. Vocês e todos os poucos civis brasileiros que quiserem voltar deveriam ser evacuados da mesma forma. Afinal, os aviões vão cheios e voltam vazios pra buscar mais alimentos, água, equipamentos e voluntários. Hillary Clinton disse que qualquer cidadão estadunidense que quiser deixar o Haiti deve apenas se dirigir ao aeroporto que será levado de volta em aeronaves dos EUA que estão fazendo continuamente a rota Miami-Porto Príncipe.


  42. Como existe gente ridícula neste mundo…


  43. Poxa… chocante! Já não bastava os comentários do Cônsul Antoine, afirmando que os males do Haiti são resultantes de sua religião, agora vem essa embaixatriz.

    Acho q vcs poderiam se unir a um grupo de ajuda humanitária internacional, ou quem sabe até ao Exército Brasileiro, e ajudar o povo dai.


  44. 1) Com todos os riscos, a Embaixatriz deixou a segurança pessoal e foi até vocês;
    2) Diferente de vocês, informou que não está abandonando suas responsabilidades;
    3) Enquanto se escondiam à sombra, ela despachou sob as condições do tempo;
    4) Igualou-os a todos os demais brasileiros que estão no Haiti, coisa que alguns “socialistas” não gostam muito.
    5) etc.

    Fiquei muito feliz com a descrição dessa digna representante do meu País.


    • Do seu pais realmente. Nao do resto.


      • Fale por você, João Paulo.


    • Também Fiquei muito feliz com a descrição dessa digna representante do meu IV Reich


  45. Ela é um exemplo do todos chama de classe A, uma elite que chafurda na lama, como Onwell demostrou em seu livro “A Revolução dos bichos”. Também foi representada no filme de Bunel, “Anjo Exterminador”. Hoje é como uma socialite preocupada apenas com grifes, ou seja com a dimensão material, se esquecendo de que daqui nada levamos. O pior de tudo é que na Estrutura do Pratico Inerte (Sartre), tudo o que vai volta, como Newton demostrou, e Jesus viveu. Mas, o Lula sabe disso?


  46. Amigos, curioso: meu comentário, postado às 14h52, ainda não foi publicado — outros, posteriores, já o foram. Acho curioso porque é um comentário tão somente informativo e reflexivo, até conciliador… Repito o texto para o caso de se tratar de um tilt wébico.

    O nome dela é Roseana Teresa Aben-Athar. Foi ela que achou o corpo de Zilda Arns nos escombros da igreja, segundo os jornais. Deve estar em choque ou estressada por tudo o que viu, pelas inúmeras solicitações, pela impotência, quem há de saber? Acho que ninguém está agindo racionalmente ou seguindo protocolos aí no Haiti. Um quartel brasileiro que ficou de pé está hospedando todos os repórteres que chegaram do Brasil. Mas escoltar a Globo, convenhamos… A não ser que toda a imprensa esteja sendo escoltada, o que nem seria absurdo, já que para fazer a cobertura a imprensa precisa mesmo de segurança. Enfim, difícil situação.


  47. Amigos, que Deus esteja com vocês.
    Acredito na veracidade de suas declarações, disso não tenho dúvida, agora, não tenho dúvida também de que nada irá acontecer com a digníssima embaixatriz, tamanha demonstração de falta de compaixão e humanismo, não serão motivos suficientes para que essa desalmada seja punida. Por que? Porque ela é da elite, será a palavra dela contra a de vocês, e infelizmente as autoridades brasileiras tem a prática de acobertar as atitudes insanas de seus iguais. Mesmo assim, o povo brasileiro está com vocês, quando chegarem ao Brasil, procurem seus direitos como cidadãos brasileiros que tiveram negados seu pedidos de ajuda, a um orgão criado simples e unicamente para ajudar. Desejo que a embaixatriz seja soterrada pela sua arrogância e soberba, vergonha para nós brasileiros.


  48. Não preciso dizer que isso é um absurdo. Já que havia tantos jornalistas atrás de vocês, entrem em contato com a imprensa. E se puder ajudar de alguma forma, estou à disposição,


  49. A embaixatriz é Roseana Teresa Aben-Athar Kipman, mulher do embaixador do Brasil no Hati, desde fevereiro de 2008, Igor Kipman.
    ………..
    14/01/2010 – 13h46
    Brasil cria plano de ajuda às vítimas e busca por sobreviventes no Haiti; 15 brasileiros morreram
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    da Folha Online

    O governo brasileiro coloca em prática no Haiti, a partir desta quinta-feira, um plano emergencial para ajudar no esforço internacional de busca por sobreviventes sob os escombros, distribuição de suprimentos aos desabrigados e ajuda aos feridos pelo terremoto de 7 graus de magnitude ocorrido nesta terça-feira (12). Ainda não há número oficial de vítimas, mas a expectativa é que sejam milhares. O Itamaraty confirmou 15 mortes de brasileiros.
    http://www1.folha.uol.com.br/folha/mundo/ult94u679242.shtml


  50. Detalhe que essa mulherzinha nem funcionária é!
    É SÓ esposa de um ZÉ MANÉ! Cambada de babacas!


    • Ele não pode receber ralé, como não tinha nenhum empregado inteiro, mandou a mulher mesmo..


  51. Vocês devem formular uma queixa junto ao Itamarati. Além do amsi embaixatriz não é NADA, a não ser a mulher do embaixador!!!


  52. IMPRESSIONANTE O DESPREPARO E A “SOBERBA” DESTA IMACULADA CRIATURA. ONDE É QUE UM DIPLOMATA ESCOLHE ALGUEM ASSIM PARA SER A GIGOLÔ DE UM PAÍS COMO O BRASIL, COM CERTEZA EM ALGUMA VILA LATINOAMERICANA. BOM, QUEM SABE ALGUEM DEU UM GABARITO DA PROVA DE ADMISSÃO A ESTE TAL EMBAIXADOR, ISTO É NORMAL PARA ACESSAR CARGOS NESTE PAÍS. MAS QUE VERGONHA!!!


  53. Infelizmente o serviço diplomatico do Brasil no exterior abriga mtos somente a fim de conforto e ostentação no exterior, nao pra servir os brasileiros, teoricamente a função deles…

    não precisa nem estar em crise pra serem relapsos…


  54. Pessoal , o visão de voces deve ser vista pelos outros . A corrida da midia e dos governos , parece a corrida do ouro . Todos querendo chegar primeiro ? Pra que ? Porque ?
    Certamente não é pra ajudar de verdade . A algo por detras desta corrida dos governos .
    E no meio ficam os pequenos que querem ajudar de verdade .
    E concordo´plenamente com o Candido neto da Cunha .

    Algum de voces viu a reportagem da CNN aonde onibus da ONU retira os medicos belgas de um hospital de campanha , durante a noite , por temer pela vida dos medicos .
    Todos são evacuados diante do reporter da CNN ( que por sinal era medico )que fica estarecido e chocado com as ordens da ONU . Alem de deixarem os feridos e os recem operados a ver navios , levaram todo o suprimento de remedios .
    O reporter-medico acaba passando a noite em claro cuidadando dos doentes e ensinando sua equipe tecnica a serem enfermeiros por uma noite . VERGONHA !


  55. Estamos nos encarregando da divulgaçao desse feito da Embaixadora e gostaria de compartilhar uma entrevista dela : http://bit.ly/8XbW7M O negocio da embaixadora é organizar festas, do movimento dos escoteiros e de star wars. Bon courage à vocês !


    • Ler a reportagem me mostrou como essa mulher tem enterrado todos os talentos dela.. ela poderia ser muito útil se soubesse como..


  56. Creio que vossa denuncia já valeu o retorno seguro para casa. O assunto já foi parar no Estadão, vejam abaixo e bom retorno. Na realidade, agora, Vocês estão numa situação bem melhor que a embaixatriz Roseana Teresa Aben-Athar Kipman, mulher do embaixador Igor Kipman, que certamente continuarão ai, com sua Embaixada Brasileira, só para eles:
    “O Ministério das Relações Exteriores negou a denúncia. “A informação que nós temos é a de que a embaixatriz, apesar de não ser funcionária e não ter obrigações institucionais, está trabalhando incansavelmente desde o primeiro minuto”, disse o assessor João Marcos Senise Paes Leme. Ele afirmou que o Ministério mandou ao Haiti um funcionário da assistência consular para fazer um levantamento dos civis e organizar voos de volta ao Brasil.

    Os estudantes da Unicamp, segundo ele, já estariam na lista de um voo da Força Aérea Brasileira que deve partir entre hoje e amanhã. “Fazer fofoca por meio de um blog, em uma situação como essa, é o que menos ajuda. Todos estão trabalhando para ajudar as pessoas que estão lá”, disse Paes Leme.”


  57. Busca Roseana Kipman e vão ver do que se ocupa essa pessoa que se gaba de ter 13 guarda costas militares para seu flanar no Haiti e ser expert em Starwars… tá tudo na www!!! Não há do que se surpreender!


  58. Esta atitude é típica de pessoas prepotentes.
    Tive problemas também com a embaixada brasileira quando meu pai faleceu aqui no Brasil.
    Simplesmente queriam me repassar o nome de uma agência de viagens. Isso eu poderia conseguir. Não estava querendo favores, mas sim apoio a um brasileiro em uma situação de emergência no exterior para poder agilizar a volta ao Brasil.
    Não me ajudaram em nada mantendo a prepotência.
    Força a vocês.


  59. muito apelativo o seu texto…
    só faltou falar que depois ela saiu voando numa vassoura…

    me deu a impressão que esta mentindo, ou forçando a barra

    tb nao é assim… ‘estamos na merda, se vira e me salva’


  60. mais uma…

    parece que vcs se baseiam no que deve ser uma embaixada, pelo que veem em filmes…


  61. “Polícia prende suspeitos de saquear supermercados em Porto Príncipe; violência nas ruas aumenta após tremor” FOLHA DE SÃO PAULO, bem para isso os policias são bons, alías só servem para isso….Oprimir ainda mais o povo.E a folha de SP sabe bem passar essas notícias…SEJAMOS MAIS CRÍTICOS com os noticiarios…


  62. Será verdade que a esposa do Embaixador teria dito isso aos brasileiras que se encontram no Haiti. Ela não representa o Brasil, disso todos sabemos, pois somente é esposa do Embaixador e não funcionária Brasileira. É difícil de acreditar…


    • Justamente.. não tem autoridade , mas tem poder.. não é difícil acreditar que alguém com poder diga a coisa que quizer a quem não tem..


  63. Tomei a liberdade de encaminhar este post alguns grandes jornais paulistas. Esse tipo de informação precisa ganhar as grandes mídias…


  64. Seria cômico se não fosse trágico:

    http://vilamulher.terra.com.br/uma-embaixatriz-para-se-inspirar-5-1-37-330.html
    As pérolas:
    “Por causa da situação do país, Roseana só anda de carro blindado e tem um contingente de 13 fuzileiros navais que ficam 24 horas por dia com ela. “Eu os chamo de anjos da guarda e os amo de paixão. Como não amar a alguém que voluntariamente coloca a vida em troca da minha e protege o meu corpo com o seu?.

    As atividades de uma embaixatriz se resumem normalmente a cuidar da casa e receber convidados. O que parece pouco pode ser uma atividade bem importante. Isso porque as festas do Itamaraty são conhecidas como o ‘terceiro turno’.”

    AAAAArgh! Não é piada não!


    • Não é.. NO mesmo site a própria assina em baixo com um comentário agradecendo a reportagem a jornalista Sabrina Passos (MBPress):

      “Roseana Aben-Athar Kipman

      postado:
      13/08/2009 – 10h59
      Amiga minha;

      Que prazer ler a reportagem.! Obrigada pela forma fidedígna com que a matéria é tratada. Obrigada pelo carinho e pelas palavras. Grande beijo.”


  65. Brasileiros improvisam embaixada no Haiti
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    FABIANO MAISONNAVE
    enviado especial da Folha de S. Paulo a Porto Príncipe (Haiti)

    Com o prédio da Embaixada do Brasil no Haiti condenado e a cidade sem água e luz, nove funcionários passaram a dormir e a tentar trabalhar na Casa de Cultura Brasileira.

    Ali, eles são vigiados durante todo o tempo por 13 fuzileiros navais, que se revezam e têm um lugar próprio para descansar, a Casa Naval.

    “Perguntamos a todos os nossos funcionários se queriam ir embora. Com a exceção de uma, todas desejaram ficar”, disse a embaixatriz Roseana Kipman, 61. “Estamos vivos, e isso basta. Nossas casas estão seguras, e isso basta.”

    O piercing no nariz não é o único detalhe que afasta Roseana de outras embaixatrizes brasileiras. Falante, tem sido bastante ativa nas coordenações envolvendo a embaixada. “Essa mulher é uma guerreira”, comenta o assistente de Chancelaria Almir de Oliveira.

    Diferentemente dos demais funcionários, Roseana e o marido, o embaixador Igor Kipman, estão dormindo na residência oficial. Ali, também são obrigados a improvisar –para tomar banho, usam a água da piscina.

    Nenhuma casa dos diplomatas e funcionários da Chancelaria foi destruída, mas faltam água, luz, telefone e gás. Apenas uma empresa de celular no Haiti tem sinal, mas de forma bastante irregular.

    Racionamento

    Já na ampla Casa de Cultura, localizada no bairro nobre de Pétionville, a cisterna grande e um gerador próprio garantem o abastecimento por algum tempo. Por outro lado, a comida foi trazida das casas dos funcionários.
    Como precaução, água e comida estão racionadas, mas não há mais gás –um funcionário tenta comprar bujões há dois dias, sem sucesso.

    Para economizar combustível, o gerador só funciona o mínimo suficiente para carregar as baterias da casa. Sem telefone, conta apenas com internet, que cai a todo instante. Mas o prédio não sofreu nenhum impacto.

    Diferentemente da embaixada, a poucas quadras dali. A representação funcionava num edifício de seis andares, com o exterior todo rachado.

    Segundo o secretário Guillermo Barbosa, eles vão ficar no local por tempo indeterminado, à espera de instruções.


  66. não existe mais embaixada e o alojamento improvisado não tem condições de abrigar mais ninguem. Embaixatriz não é cargo. ela é tão voluntaria quanto voces. Veja materia da folha acima.


    • Verdade, estamos chocados justamente por isso, não é? Como alguém que nem é embaixadora dita o que acontece na embaixada?


  67. O nome da figura: “Roseana T. Aben-Athar Kipman”. Mas ela é embaixatriz ou mulher de embaixador? Segundo a reportagem sobre ela, ela não parece ser do corpo diplomático. Em vista não só do terremoto, mas em vista da “missão diplomática” do Brasil no Haiti, penso que temos que pressionar o Itamaraty pra mudar a diretriz do corpo diplomático brasileiro nesse páis.


  68. Morei muitos anos fora do Brasil e no geral sempre tive boas relações e apoio dos funcionários diplomáticos de carreira, inclusive embaixadores. Mas realmente algumas cônjuges destes funcionários são dignos de uma analise psicológica profunda. A impressão que tenho é que a vida diplomática sobe de tal forma à cabeça que elas se sentem seres superiores ao cidadão comum, esquecendo-se que seus estilos de vida, seus jantares, só acontecem em função dos interesses de Estado e são pagos pelo povo, pelos “tax payers”. Embaixadores e suas digníssimas senhoras são finalmente funcionários públicos, cuja primeiríssima função é salvaguardar os interesses do Brasil e especialmente dos brasileiros no exterior. Mandei um email de protesto para a Inspetoria-Geral do Serviço Exterior do Ministério das Relações Exteriores. Imagino que els cuidem de apurar e este tipo de casos. E email deles é isex@mre.gov.br.


  69. Recorram à outras embaixadas ué.

    Peçam auxílio na dos EUA, Suíça, etc e aleguem maus-tratos pela Embaixada Brasileira.

    Boa sorte.


  70. Nota da Unicamp distribuída à imprensa em 14/1 e postada no Portal Unicamp de 16/1:

    Reitoria pede ao Governo apoio a grupo da Unicamp no Haiti

    [16/1/2010]
    A propósito do grupo de sete estudantes da Unicamp e de um professor que se encontra no Haiti desde o dia 1/1 último, temos a informar o seguinte:

    1) Na tarde de quarta-feira (13/1), a reitoria da Unicamp entrou em contato com o assessor especial da Presidência da República, Marco Aurélio Garcia, informando a presença em Porto Príncipe de um grupo de sete estudantes desta universidade que, sob a liderança de um professor do Instituto de Filosofia e Ciências Humanas (IFCH), realiza pesquisa de campo naquele país no contexto de uma disciplina do curso de antropologia. O projeto tem prazo de realização previsto para dois meses e meio.

    2) Todos os integrantes do grupo da Unicamp, que desde sua chegada ao Haiti estão abrigados nas instalações mantidas pela ONG Viva Rio em Porto Príncipe, encontram-se bem. Não obstante, a Unicamp solicitou à Presidência da República, por meio de seu assessor especial, que o grupo receba das autoridades brasileiras no Haiti o apoio necessário para que possam superar as dificuldades naturais decorrentes da catástrofe que se abateu sobre aquele país e retornar ao Brasil em condições de completa integridade física.

    3) A universidade tomará todas as medidas necessárias para viabilizar o retorno do grupo ao Brasil. Ao mesmo tempo, a Unicamp orientou o grupo a procurar as autoridades brasileiras no Haiti e fazer uso das salvaguardas que o governo do Brasil está oferecendo aos brasileiros que se encontram naquele país.


  71. A embaixatriz foi mais rápida para resgatar o corpo da sra. Zilda Arns. Assim, que a poeira baixar ela e o consul do Haiti no Brasil deveriam marcar algum jantar, o nível deles parece ser o mesmo. Agora sério: acabo de ler no Estadão que vocês estão sendo chamados de mentirosos , além de criticas ao este blog. Posso dar uma sugestão? se o descaso continuar procurem o embaixador dos EUA, da Argentina , tenho certeza que eles gostarão muito de ajudar pesquisadores brasileiros como vocês.


    • Estadão? Desconsidere, esse jornal é totalmente nulo.


  72. JF-MG,Sábado,160110

    Caros alunos universitários da UNICAMP, ficou triste pelo que estão passando e vocês erraram em não ter gravado o que essa ‘representante indireta’ do embaixador, do Itamarati, do povinho brasileiro e do desgoverno… onde um ministro entra fardado(vindo o mesmo do STF) num pais em ruinas, parecendo demonstrar força, se civil ele é… engraçado. É só ver o comportamento de outros representantes dos paises que estão ajudando… só aprecem o necessário e falam pouco e agem mais…
    Voltando ao assunto de vocês: fiquem ai e ajudem esse povo maravilhoso e procurem ajuda aos outros representantes dos outros paises… eles irão ajudá-los com todo carinho e dever cívico.


  73. correções:

    … fiquei triste…
    … só aparecem…
    … ajuda dos outros…

    Me perdoem minha raiva pelo que vocês estão passando aflorou na minha pele…

    Descupem!


  74. outro erro:

    correção:

    … Desculpem!


  75. Mulher do embaixador do Brasil no Haiti
    localizou o corpo de Zilda Arns

    Renata Giraldi
    Repórter da Agência Brasil

    Brasília – A embaixatriz Roseana Teresa Aben-Athar, mulher do embaixador do Brasil no Hati, foi quem encontrou o corpo de Zilda Arns, de 75 anos, coordenadora nacional da Pastoral da Criança. A embaixatriz localizou o corpo na manhã de hoje (13) soterrado entre escombros de um prédio onde funcionava um serviço de ajuda humanitária.

    Roseana é mulher do embaixador Igor Kipman, que estava em Brasília no momento em que ocorreu o terremoto de ontem no Haiti. Do Brasil, Kipman participou das primeiras reuniões que definiram as ações emergenciais de apoio e ajuda humanitária no país vizinho.

    Ontem, Arns teria deixado a embaixada em companhia de um militar e da assessora e ido até o prédio que desabou. Com o terromoto, uma laje do edifício caiu e atingiu a coordenadora da Pastoral da Criança. Ela não resistiu e morreu.

    O motivo da viagem de Arns foi encontro missionário no último final de semana. Ela foi ver de perto as atividades ligadas às ações sobre o combate de desnutrição no país e estava hospedada na sede episcopal de Porto Príncipe.

    http://www.defesanet.com.br/ph1/quake_rk.htm


  76. Depois do terremoto, ir a rodoviaria tomar um onibus para Santo Domingo? Que onibus? Que rodoviaria?
    Que piada.


  77. Caros,
    Não é a toa que os EUA tomaram as rédeas das operações de socorro a população local, e pelo que eu li na folha on line, também assumirão em breve o papel do Brasil, na segurança pública.
    Esta senhora vive as custas de recursos públicos brasileiros, talvez ela não saiba.
    Fazemos estes comentários com constrangimento e vergonha.


  78. é desesperador ver os comentários de pessoas que estão lendo este post por outros blogs, e portanto, lendo tudo de maneira descontextualizada. No do Luís Nassif os estudantes viraram uns à toa, que querem o bem-bom e afinal, já que se meteram em um país perigoso não podem reclamar pelo que estão passando…outros dizem que os estudantes devem voltar a nado.
    Na reportagem do estadão o assessor do Minist+erio das relaçoes exteriores tem a coragem de dizer que a equipe está fazendo fofoca, e que isso pouco ajuda em uma situaçã dessa. é vergonhoso como as autoridades aoobertam as falhas sem ao menos titubear. agora, pra ter a cereja do bolo, só falta a tal embaixatriz processar a equipe por diamaçao e calunia….


    • Foi no Luis Nassif e não encontrei os comentários desabonadores que você disse.

      Este post em questão, da forma como foi escrito, ficou por demais preocupado em criticar o posicionamento de um indivíduo (a embaixatriz) por suas ações sobre o bem-estar de um grupo isolado. Frente ao completo caos em que está Porto Príncipe e a situação profundamente precária da própria diplomacia brasileira (não há mais sede porque o prédio está condenado) a “dúvida existêncial” do texto de ficar na casa ou ir para um hipotético abrigo do governo soa como preocupação menor.

      A esposa do embaixador não é funcionária pública. Poderia ter ido embora no primeiro avião da FAB ou dos EUA. Por algum motivo pessoal permanece no Haiti e participa da organização do caos, mesmo não tendo sido preparada para isso. Nos primeiros três dias, com a demora na ajuda, esse pessoal da embaixada fez parte da única estrutura de ajuda disponível.

      Lendo o texto de vocês e as reportagens anteriores sobre a embaixatriz, deduzo que o que houve foi um grande mal-entendido. Não duvido do seu relato e de que ela tenha dito o que disse. A descrição que fazem das roupas, do cabelo e do comportamento descrevem alguém excêntrico e ao mesmo tempo desnorteado.

      De qualquer forma, dado o tamanho do desastre, sua reclamação da forma como foi escrita soa como algo menor.


      • E o cordão dos puxa-sacos cada vez aumenta mais!


      • procure melhor que você acha, está la


  79. Podiam ter dito que eram amigos do Zelaya.

    Bando de comunista chorão.


    • Não confunda ainda mais as coisas. Onde você viu comunista por aqui? Deixa de ser paranóico.

      Não acredito em textos sem assinatura do autor. Na minha opinião esses estudantes estão cometendo um êrro terrível. Em breve, quando estiverem mais tranquilos poderão avaliar a situação em que estiveram e daqueles que tinham responsabilidades muito maiores que a de simplesmente sair correndo atrás dos brasileiros imediatamente após o terremoto.


  80. esse episódio me lembrou da antiga embaixatriz do Brasil em Moçambique (meu país) que, impedida de de entrar com o seu cahorrinho (poodle, claro) num shopping center disparou contra os funcionários coisas do tipo: “o meu cachorro é mais limpo que vocês, moçambicanos…”, dentre outras. enfim, a escolha dessas pessoas diz muito sobre o lugar que esses países ocupam nas relações “exteriores/cooperação internacional” brasileiras.


  81. Vamos por partes, okz?

    1 – Senhores, se coloquem no lugar da prezada senhora – tendo que lidar sozinha (seu esposo estava no Brasil) com uma situação de crise onde mais de 200.000 pessoas (estimativa) podem estar mortas. Sem alimentação adequada, dormindo como pode, tendo que ajudar a todos na medida do possível. Se coloque no lugar dela, ser o líder ali naquele momento é complicado.
    2 – A Embaixada simplesmente o prédio está condenado – Não tendo, assim, condição de recebe-los de toda a forma. Cabe focalizar que pode ser entendido que vcs desejavam abrigo e permanecer no país. No caso, infelizmente, não existia como garantir sua estadia.
    3 – A condição de vcs, considerando-se toda a situação geral, pode ser classificada como boa. Apesar dos pesares, sua situação de segurança está muito boa qdo se analisa os detalhes intresecos
    4 – Considere que não existiu uma decisão de retirada em massa de pessoal Brasileiro, civil ou não, do país por parte do Governo Brasileiro. Desta forma, o papel da embaixada se torna o padrão.
    5 – Não digo que ela foi correta, na verdade caberia até um pedido de desculpas, mas existem atenuantes únicos entre ambas as partes.
    6 – Efetivamente a embaixada não tem qualquer tipo de responsabilidade perante a Unicamp. Eles tem como responsabilidade perante o povo Brasileiro.


  82. Voltem imediatamente ao Brasil e aqui esbravejem e deem voz a este tratamento.
    Brasil: este país que só cresce e se fortalece com o trabalho árduo do povo verdadeiramente honestoe dedicado como os tantos militares e outros que aí se encontram!
    Esta senhora e seu marido INFELIZMENTE são mais uma das inúmeras desgraças que encontram-se no Haiti. Pena dos brasileiros serem representados por alguém que deveria fazer justamente o contrário do que vcs colocaram.
    Se voltar ao “nosso” país será hostilizada e ridicularizada!!!


    • A embaixatriz é apenas esposa do embaixador, ela não deve ter tido nenhum preparo para lidar com esse tipo de situação. Pela descrição dos próprios pesquisadores ela parece estar a pelo menos 3 dias tentando ajudar na organização, sendo que a ajuda externa ainda não chegara.

      Um pouco mais de paciência e consideração com alguém que está diante de uma catástrofe que produziu mais de 200 mil mortos.

      Sua própria casa, a embaixada do Brasil, ruiu com o terremoto.

      Nenhum de nós sabe o que é ser guindado ao status de autoridade num momento como este.

      O que eu sei é que seria, até sem perceber, invariavelmente grosso com algumas pessoas. Quiçá também ficaria divagando sobre o desastre já quase perdendo o senso.


  83. Bom, tentem agora a ONU que vocês tanto criticaram.


  84. Acho que ela é embaixatriz no país adequado a personalidade dela (com todo o meu respito pelo Haiti), vcs não acham que mandariam um embaixador e sua ignorante esposa para um país mais decente, não é!?
    Ela esta num país miserável, mas ela faz parte dessa miséria, esse tipo de pessoa é vazia, pobre de espírito e de bom senso.

    Se vcs não tem condições de colaborarem aí, tentem sair daí, procurem o pessoal do exército, eles podem dar alguma orientação p; vcs ou procurem repórteres brasileiros, peçam ajuda para divulgarem os problemas que os brasileiros estão tendo aí, talvez eles possam ajuda-los divulgando o problema ou alguma coisa assim, enfim “façam barulho”, divulguem o descaso das autoridades brasileiras contra os próprios brasileiros.

    Boa sorte a todos voces!


  85. É interessante que aos olhos do mundo e do Brasil, o Governo quer passar uma imagem maravilhosa, mandado ajuda, dinheiro, mais tropas, médicos. A imprensa (Globo, Bandeirantes, etc), já enviou repórteres, tudo na disputa pela audiência. Quem vê parece que somos um país perfeito. Só quem sabe é quem está vivendo na pele, como vocês, que passaram por essa humilhação, afinal por sorte de estarem “no lugar errado na hora errada” e saíram ilesos, fora as cenas chocantes que presenciaram, que ficarão na memória por muito tempo, ou para toda a vida.
    Que papelão, heim Sra. Embaixatriz?
    Parabéns pela garra e pela força de todos vocês.
    Abraços.


  86. Pessoal, eu conheço a Roseana, a nossa embaixatriz no Haiti, o suficiente para dizer que duvido muito da veracidade do depoimento anônimo aí em cima.

    Só como exemplo, vou citar parte de uma mensagem pública que ela enviou para mim e outros amigos há dois anos, quando se preparava para se mudar para o Haiti. Removi apenas a parte que era relevante apenas para o nosso grupo de amigos. Leiam abaixo e se perguntem se esta pessoa, que deixou uma vida confortável no Brasil com o firme propósito de ajudar a quem precisa, merece o tratamento que vem recebendo.

    “Como esposa de Embaixador atuarei dentro do esteriótipo esperado: linda, muito arrumada e dando mil festas.

    Mas esta não é nem nunca foi a realidade e muito menos será comigo. Eu ajudarei ao Exército Brasileiro na suas obras sociais de Desenvolvimento Comunitário junto a população. Afinal sei cavar, construir latrinas, levantar muros, fazer casas, além de curso completo como auxiliar de Enfermagem pela Cruz Vermelha Internacional – lembrem sou chefe escoteira há quase 40 anos!!! Nós escoteiros só trabalhamos se temos o envolvimento da Comunidade. É isto que fazem os nosso soldados engenheiros e eu me juntarei certamente aos melhores!

    Acho que será bom para os Haitianos verem a embaixatriz brasileira ajudando a trazer um pouco mais de conforto para as suas horrendas vidas e servirá de lição e aprendizagem aos nossos soldados engenheiros que nem pensam que uma mulher seja capaz de fazer o que já fiz. muitas vezes, em muitos países. Sim, serei uma embaixatriz com a mão na massa, no verdadeiro sentido da palavra.

    Além disso em janeiro de 2008, será inaugurado o Centro de Estudos Brasileiros anexo a nossa Embaixada. Lá serei a professora que sempre fui, ensinando português para crianças e adultos. Além de mostrar nossa cultura através de nossas festas interioranas. Ensinarei a dançar bumba meu boi, farei festa de São João, escutaremos muito MPB e outras loucuras que aparecerem na minha fértil imaginação. Afinal como Chefe Escoteira sei trabalhar com a Comunidade e quase sem $$$$.

    Meu marido é um homem brilhante e inteligente e ele é o Embaixador que o Haiti precisa nesta fase em que vive. Faremos uma bela dupla e vocês ouvirão falar de nós pelos nossos jornais.”


    • é um pouco complicado acreditar que os relatos dos estudantes são falsos, quando vemos a esposa do embaixador afirmar que “faremos uma bela dupla e vocês ouvirão falar de nós pelos nossos jornais”. Não creio que o papel de Embaixador e embaixatriz seja o de se tornarem estrelas ou celebridades jornalísticas. além disso, ela não pode chamar de “horrendas” as vidas dos haitianos, nem dar aos haitianos as “loucuras” que surgirem de sua “fértil imaginação”. não é o papel dela. não era antes do terremoto, nem será depois dele.


      • André, por favor, leve em conta que a Roseana escreveu essa mensagem para um grupo de amigos no Brasil, que a conhecia de longa data, dos quais estava se despedindo e com os quais não sabia com que freqüência teria contato nos três anos de sua missão no Haiti. Daí o “vocês ouvirão falar de nós pelos nossos jornais”.


    • huu.. horrendas vidas..


  87. Estamos todos aqui torcendo para vocês retornarem logo e em segurança. É muito angustiante ficar por aqui só recebendo as notícias e sem poder fazer nada. Muita calma e força aí. Um grande abraço.


  88. Espantoso, ler comentários e mais comentários de pessoas ditas esclarecidas, em sua maioria universitários, que feito manada aceitam o escrito, desconhecendo que a embaixada do Brasil foi destruída no terremoto e só retomou precáriamente seus trabalhos hoje, em um imóvel emprestado, com apenas alguns funcionários.
    Triste é ver esse grupo de universitários enviados para estudarem o trabalho da ONU,sob orientação de um professor, e dezenas de comentaristas nesse blog, não perceberem que as tropas brasileiras e dos demais países, bem como os funcionários civis sob comando da ONU, deixaram suas responsabilidades originais de manter a ordem e ajudar a estruturar o estado e estão hoje a enterrar mortos, resgatar sobreviventes dos escombros e a ajudar aquele povo paupérrimo e nocauteado, que não tem uma base militar para correr em último caso, a continuar de pé.
    A mulher descrita, com preconceitos indignos dos que se dizem universitários, não tem qualquer vínculo funcional e portanto responsabilidade legal para com o estado brasileiro, é apenas a espôsa do embaixador e a mulher que no primeiro dia, deixou o conforto da base para comandar o resgate do corpo da Dra. Zilda Arns no centro de Porto Príncipe.
    Imaginem a reação de qualquer pessoa que esteja ajudando e não fotografando e passando posts, sem ser jornalista, quando confrontada com um bando de marmanjos mijando nas calças e pedindo proteção especial no meio do caos.
    Enquanto dois soldados levemente feridos trocaram a volta ao Brasil para aí permanecerem e ajudarem os necessitados, um bando de homens agem como bebês.

    PS: talvez desejem que deixemos de lado a solidariedade típica dos brasileiros, sobejamente demonstrada pelo nosso pessoal no Haiti, para adotar a postura americana de atrasar por horas nos primeiros dias o pouso de aviões com mantimentos e remédios para que aviões pudessem levar os contribuintes americanos para casa.


    • Humm, Francisco – você está no Haiti, é?
      Sabe tão bem, ou melhor sobre tudo de lá, né.
      Acho que muitas pessoas aqui fizeram péssimos comentários, se são universitários ou não eu não sei, pois nao foi demonstrado seus diplomas nem suas qualificações foram perguntados.

      Mas, os seus comentários, são estranhos, me parecem tão partidários, e já que vc deve estar aí no Haiti, para falar com tanta propriedade, diga-me, os rapazes estão mentindo também sobre a solidariedade entre haitianos, ela é tão forte e coerente como a dos brasileiros, ou só os soldados brasileiros são solidários?
      Ah, por favor, e se puder, quiser, me diga qual sua formação, a minha é Ciências Agrárias.


    • Francisco Dias , vc nao é o Jaime ?


    • Que mania deste povo de desqualificar as informações que vem diretamente da fonte..


  89. MEDO, VAIDADE OU ARROGÂNCIA?

    Estamos em 2010, a redemocratização do Brasil completa 25 anos, e é incrível como ainda permanecemos à mercê de “carteiradas”, bem ao estilo “sabe com quem está falando”? A prova mais recente disso vem do Haiti, um lugar que foi devastado pela natureza de forma brutal. Justamente por isso é inaceitável saber que nesse contexto, onde todos deveriam estar unidos e na mesma sintonia (ajudar o máximo de pessoas possível), ainda surjam pessoas que, por sua posição social e hierárquica pretensamente superior, tentem se aproveitar da situação para alimentar vaidades mesquinhas e delírios de grandeza.
    A Embaixatriz Roseana Kipman, esposa do Embaixador do Brasil no Haiti, Igor Kipman, surge como heroína em meio ao desastre causado pelo terremoto que atingiu o Haiti no dia 12 de janeiro de 2010, após supostamente ter localizado o corpo da médica brasileira Zilda Arns em tempo recorde. O que poucos sabem é que nem tudo o que é veiculado pela mídia é verídico e acima de qualquer suspeita. O fato é que a Embaixatriz Roseana Kipman, sem autoridade legítima que o justifique, mobilizou um grupo de militares simplesmente para resgatar o corpo de Zilda Arns, enquanto milhares de pessoas estavam – e ainda estão – soterradas sob os escombros em Porto Príncipe, se agarrando com todas as forças à esperança de ser salvas pelas equipes de resgate. Tudo para posar de heroína em meio ao caos. É inadmissível que a Embaixatriz Roseana Kipman – que segundo informações prestadas pelo próprio Itamaraty (em recente caso com estudantes da UNICAMP) não é uma funcionária da embaixada, mas sim tão- somente a esposa do embaixador – tenha tanto “poder de fogo” para atuar e comandar ações junto aos militares da MINUSTAH e ditar regras ao corpo diplomático brasileiro, precariamente instalado no prédio do Centro Cultural Brasil – Haiti após o terremoto.
    A embaixatriz relata aos meios de comunicação que os funcionários da embaixada foram consultados sobre uma possível evacuação do Haiti, e que, com a exceção de uma única funcionária, todos desejaram ficar. Quem é essa funcionária? Ela conseguiu voltar?
    O fato é que a embaixatriz tem coagido e intimidado os funcionários da embaixada brasileira a permanecer contra a vontade no Haiti, chamando-os muitas vezes de covardes por simplesmente desejarem voltar ao Brasil e a suas famílias. Na verdade, nada foi perguntado ou questionado aos funcionários sobre o assunto, tudo foi decidido e imposto com a anuência do Embaixador Igor Kipman pela própria Embaixatriz Roseana – a mesma que negou abrigo aos estudantes da UNICAMP, que desenvolviam uma pesquisa antropológica no Haiti. Os estudantes afirmam que foram hostilizados pela Embaixatriz Roseana Kipman, que lhes negou abrigo e afirmou que a embaixada não tinha nenhuma responsabilidade por eles, e ainda se negou a dar informações sobre como buscar ajuda para voltar ao Brasil. De forma cínica e debochada, disse-lhes que deveriam voltar ao Brasil da mesma forma como vieram ao Haiti, e que fossem ao aeroporto comprar passagens ou à rodoviária para seguirem para a República Dominicana, terminando a conversa com a simples frase: “Vocês estavam no lugar errado na hora errada, sinto muito”. Desde quando uma embaixada pode afirmar que não é responsável por cidadãos do país que representa? Que autoridade tem a embaixatriz para afirmar tal coisa? E mesmo que externe simplesmente a opinião de seu marido embaixador, quem é ele para negar assistência a cidadãos brasileiros que buscam socorro na embaixada, numa situação de exceção tão dramática como a vigente no Haiti neste momento?
    O corpo diplomático brasileiro no Haiti tem sobrevivido nos últimos dias com os mantimentos que possuiam em suas casas (que por milagre ainda continuam em pé). Contudo, a água é escassa, e a comida disponível provavelmente só será suficiente para os próximos dias. Os telefones não funcionam e o fornecimento de energia elétrica é irregular e racionado, por meio de geradores que correm o risco de parar por falta de combustível. O trauma pessoal e psicológico que todos os funcionários carregam é muito pior do que se pode imaginar, pois mesmo estando vivos e tendo escapado ilesos do terremoto, abandonaram tudo para trás, tanto no trabalho (o prédio da embaixada que quase desmoronou) quanto em suas casas, sem mencionar o estado de permanente insegurança numa cidade tomada por multidão faminta e desesperada, errando sem destino, dividindo espaço com milhares de corpos em decomposição espalhados pelas ruas e com certeza cada vez mais motivada a promover saques para conseguir água e mantimentos.
    Os funcionários da embaixada não estão efetivamente trabalhando, não estão ajudando aos outros nem a si mesmos. Estão todos abalados, muitos perderam amigos que trabalhavam em Porto Príncipe em outras organizações cujas sedes ruíram com o terremoto. A situação é preocupante, pois os muros do Centro Cultural Brasil – Haiti, onde estão abrigados, desabaram, e o prédio se localiza em frente a uma das praças onde estão acampados os sobreviventes do terremoto, todos desesperados, famintos e feridos, que a qualquer momento podem se rebelar. O Centro Cultural está sendo protegido por fuzileiros brasileiros armados, num clima de tensão permanente para quem está dentro e fora.
    O Haiti necessita de médicos, enfermeiros, bombeiros, equipes de resgate e de ajuda humanitária, e não de serviço diplomático. Não há espaço para embaixadas em um país que entrou em colapso e que, para efeitos práticos, sequer existe mais. Qualquer nação decente, numa situação de exceção como é a que impera no Haiti após o terremoto, toma como primeira providência a evacuação do corpo diplomático, quando muito deixando um número mínimo indispensável de funcionários para auxiliar na coordenação de ações de caráter essencial – sempre assegurando condições adequadas de segurança e de subsistência para os que permanecem, jamais permitindo que fiquem jogados à própria sorte. O casal Kipman afronta o próprio Itamaraty ao colocar desnecessariamente em risco a vida de todos os integrantes do corpo diplomático brasileiro no Haiti, pois é dever do Itamaraty zelar pela vida e pela integridade física e psíquica de seus membros.
    Resta saber o porquê das atitudes e dos excessos da Embaixatriz Roseana Kipman. Seria por medo de ficar sozinha e isolada com seu marido no Haiti, sem o aparato da embaixada e de seus funcionários? Seria por vaidade, para continuar brincando de heroína após ter supostamente encontrado o corpo de Zilda Arns tão rapidamente? Para, mesmo sequer sendo funcionária da embaixada, continuar atuando de forma abnegada, como afirma o Itamaraty? Ou seria a pura arrogância de alguém que não tem legitimidade nem autoridade e nem mesmo preparo para lidar com o caos em que se encontra mergulhado o Haiti?
    Até que essas perguntas sejam respondidas, talvez nem haja mais corpo diplomático a ser poupado de riscos desnecessários no Haiti, e nem mais brasileiros desesperados que possam ser acolhidos pela embaixada…

    DIVULGUEM, AO MENOS ISSO PODEMOS FAZER…


    • Pela postura captada na foto de vocês diante da embaixatriz brasileira, percebe-se que vocês chegaram lá dispostos a não dar nada, só receber. Afinal, estão com as mãos nos bolsos ou não estão olhando pra quem fala. O que é por si só, uma descortesia. Por mais estúpida que a pessoa seja.
      A curiosidade aumenta:

      – o professor de vocês assina o texto?
      – como ele se chama?
      – tocados por toda a tragédia do entorno, vocês meteram a mão na massa pra ajudar? Ou se prontificaram apenas a ficar focados no projeto de vocês e a (des)construir a imagem de alguém que estava fazendo alguma coisa?

      Na boa, playboys, vocês chegaram cheios de expectativas, numa hora inapropriada, no meio da tormenta, esperando deferência. Lamentável.


  90. Muito asco ao ler os comentários do assessor da embaixada e de alguns defensores da embaixatriz por aqui.

    O relato de vocês é o mais sensível, esclarecedor e inteligente que encontramos disponível sobre essa tragédia. Um presidente dos EUA disse uma vez que a primeira coisa que se morre numa guerra é a verdade. Autoridades se esforçando pra se mostrar competentes e até o uso da situação para auto promoção política (quem sabe a tão sonhada vaguinha na ONU). Vocês vão levar chumbo duro por contar a verdade, contrariando interesses debaixo do pano.
    Mas teram apoio de muitos.
    Priscila
    Bélgica, ex aluna da Unicamp


  91. Olha, ela pode ter sido grossa, mas a situação lá deve estar muito estressante. Ela está certa em dizer que não pode abrigar os estudantes na embaixada, se ela fizer isso tem que abrigar a todos os brasileiros que pedirem abrigo lá. É claro que se ela também não deu orientação nenhuma foi um erro. Masnão sei como foi a abordagem de vocês. E ela estava certa em buscar o corpo da Zilda Arns, ela era uma brasileira proeminente, sabia-se onde ela estava, nada mais justo que buscá-la logo, assim como os militares também recolheram logo os seus.
    E concordo em parte com o Francisco Dias,que escreveu acima.


  92. Esse fato é real mesmo?
    Desculpe-me, porém é difícil acreditar que alguém que esta no meio da diplomacia faça uma coisa dessa! Que absurdo!
    Parece coisas de escritor desenvolvendo uma história.
    De uns tempos para cá diplomacia brasileira tem se tornado um caos e brasileiros estão cada vez mais desassistidos no exterior. Parece que o governo esta interessado apenas em fazer política e projetar o nome do presidente internacionalmente. Enquanto em Honduras a Embaixada brasileira virou hotel para pseudo-lider e seus asseclas, em outros lugares, bye, bye conterrâneos.
    Dolorido.


    • Por que acha difícil alguém com poder nas mãos ser arrogante com quem não tem?

      Nosso ministro da defesa, o mesmo que foi no Haití fraudou a constituição de 1988 e não aconteceu nada com ele até hoje..


  93. so tenho uma coisa a dizer, meus amigos . ela e uma vagabunda sem nocao , fica pagando de gatinha num pais omde ela tb e estrangeira, um dia vai prescisar,baixa a bola e ajuda gente da nossa gente sua troxa !!!!! e por isso que muitos brasileiros que vivem fora do pais tem vergonha de dizer SOU BRASILEIRO e LULA- la la la la la . e vai um gole ai cumpanheiro !!!!!! dito sem mais ……..


  94. Acabei de publicar em meu blog um comentário sobre esta situação, fazendo um pararelo entre a embaixada de Honduras e do Haiti. Na realidade, acho que os embaixadores do Haiti estavam no lugar errado e na hora errada, deveriam estar em Honduras quando Zelaya transformaou nossa embaixada em palco para o showzinho dele. e os caridosos embaixadores em Honduras deveriam estar no Haiti para trabalhar um pouco pela população daquele país.


  95. Colegas, apaguem os comentários insultosos porque isso pode complicar a vida de vocês – é como se vocês, por aceitarem e manterem aqui os comentários, estivessem endossando os insultos…
    abraço e força!


    • Acho que não, pois não podemos minimizar a ignorancia de nossos contemporaneos, pois cada vez mais o diálogo se amplia, nada é perdido, pois aí podemos ouvir comentários sobre a imbecilidade de chamar uma mulher, por conta de seus erros, de “vadia”, isso acontece o tempo, mulher que erra é vadia…sim, muitos acham isso mesmo, vamos botar o dedo na ferida.
      Ela não é vadia, em nenhum momento, isso foi dito no texto, mas eu realmente, como observadora voraz, teria também descrito, o seu “tão brega” colar de ouro no pescoço, teria descrito sim, pois me desagradável, ver ostentação…e dali em diante, se os comentários foram verdadeiros, estão geralmente (sempre há execeçoes, por favor) alinhados com a ostentaçao ao ouro, p ex.

      Outra coisa, a imbecilidade de um comentarista perguntar pq nao gravarão a conversa com a embaixatriz, ora que coisa óbvia, bom rapaz, obviamente, pq a situação era muito genuína, original, quem dera eles tivessem um gravador em mãos e uma bola de cristal, aliás, melhor do que gravar os comentários da embaixatriz, eles poderiam ter previsto o terremoto, evacuado a cidade, e poupado a embaixatriz de se auto-expor da pior forma possível.
      Mas, há males qeu vem para o bem, pois agora há chance, p ex, de fazer uma higienização na embaixada do Haiti, a começar pode deportar esta senhorinha para a casinha dela no Br, quem sabe aqui pode refletir um pouco mais antes de falar, ou desmandar.

      Que achas…


  96. […] ela foi a pessoa que fez as tratativas para o reconhecimento do corpo de Zilda Arns. Veja o post do blog Lacitadelle, que o grupo mantém atualizado desde o dia do […]


  97. É preciso ter muita calma nesta situação. O que aconteceu no Haiti na última semana foi realmente triste e tem sido usado pela imprensa e pelo governo brasileiro para demonstrar um esforço sobrenatural do Estado brasileiro em ajudar o povo haitiano. No entanto, observada através de um prisma desumano, a catástrofe natural que se abateu sobre o Haiti é uma oportunidade de ouro para o Brasil mostrar ao resto do mundo que merece aquela tão esmerada vaga no Conselho de Segurança da ONU. Não digo contudo que não haja verdadeira preocupação, principalmente por parte daqueles militares que estavam lá com um objetivo e agora passaram a ver pelas ruas milhares de pessoas mortas e outras milhares feridas e desabrigadas, sem água e sem comida, não há ninguém no mundo que não se sensibilize. Porém, o fato é que a ocupação daquele país por forças internacionais sempre me pareceu ter um interesse político muito maior do que simplesmente vontade de ajudar o povo haitiano. Ademais, em meio a um cenário tão conturbado, este blog apareceu como uma fonte confiável de informações sobre o que estava acontecendo por lá, com textos sensíveis e bem escritos, o valioso professor Omar e sua equipe deram um baile jornalístico em nossa imprensa sensacionalista que só se preocupa em mostrar gente andando sobre cadáveres nas ruas, sangue e mais sangue.. devem ser parabenizados por isto, e aqui deixo os meus sinceros agradecimentos por seu compromisso com a verdade.
    Contudo, este texto sobre a embaixatriz me pareceu equivocado em muitos sentidos, para começar não consigo verdadeiramente acreditar que a senhora Kipman possa ter dito algo como “O EMBAIXADOR PROIBIU QUE FOSSEM HOSPEDADOS EM NOSSAS DEPENDÊNCIAS. ELE É O EMBAIXADOR, ELE MANDA” além de outras ‘sutilezas’ tão ou mais graves. Deve-se notar que a embaixada brasileira está condenada e portanto não havia condições de que fossem lá hospedados, e ainda: se na casa onde vocês estavam existia ainda alguma mínima segurança, porque haveriam vocês de querer hospedar-se na embaixada? Acredito que não fizessem ideia de que o prédio poderia desabar. Ou a intenção de vocês ao contatar a embaixada era a de conseguir um meio de voltar ao Brasil? Neste caso se a embaixatriz REALMENTE disse algo como “A EMBAIXADA NÃO VAI EVACUAR NINGUÉM PORQUE EU NÃO VOU SAIR DAQUI. VOCÊS DEVEM VOLTAR PARA O BRASIL COMO VIERAM. VOCÊS SABEM ONDE FICA O AEROPORTO, COMPREM PASSAGEM; VOCÊS SABEM ONDE FICA A RODOVIÁRIA, DE LÁ SAEM ÔNIBUS PARA A REPÚBLICA DOMINICANA” então ela devia estar seguindo ordens do Itamaraty, que até então (16/1) não havia realmente evacuado ninguém. Mas isto não muda o fato de que ela foi rude e intolerante com seus concidadãos, deve-lhes um pedido de desculpas, mas sejam vocês também um pouco compreensivos, todos ali passam por um momento difícil, ela talvez mais do que vocês próprios. Portanto gostaria apenas de expressar aqui o meu descontentamento com o fato de terem publicado este post neste belíssimo blog. – ai! ainda por cima sem assinatura! que mancada!

    Mais uma vez os sinceros parabéns pelo blog e boa sorte! Namastê amigos!


  98. Rapazes,
    A descrição que vocês fizeram da Embaixatriz não tem correspondência com a foto que vocês apresentaram.
    Num momento tão grave, com dezenas de milhares de mortos, vocês deveriam ter sensibilidade e serem mais responsáveis.
    Uma lástima esse comportamento difamatório que vocês estão fazendo.
    Enquanto civis e militares estão no Haiti organizando e salvando vidas, vocês estão difamando, futricando pela internet.
    Uma pena…


    • Tem sim. Você que decidiu ser cego e surdo a mais esta situação.


  99. […] Nossa embaixatriz: notas sobre a atuação diplomática Após conversar com nossos colegas do Viva Rio, diante da chegada de novos quadros desta organização em Porto […] […]


  100. Vergonha alheia para falar o mínimo!!!!!!!!!!!!!!!!!
    Nada nem nenhuma situação de stress, cansaço justifica:
    – a figura
    – a frieza
    – a ignorancia
    – a prepotencia
    – a falta de respeito
    e pior: A FALTA DE DIPLOMACIA!!!!!!!!!!!!!!!!!!!
    “esse tipo” de gente que nos representa la fora??????????


  101. Vocês parecem que estão ótimos. Pelo menos a aparencia está bem mesmo. Fico feliz! Será que não podem ficar aí e prestar algum tipo de ajuda aos haitianos? sei lá com tantas ongs… Quanto a embaixatriz, acho que tiraram a foto da pessoa errada… Ela tá muito mal vestida. Eu me visto assim para fazer faxina em casa. Acho que houve algum engano….


  102. Como anteriormente foi dito aqui, o exército está no haiti para treino no caso de rebelioes em favelas…entao, a postura da embaixatriz se torna até esperada.

    O que mais me deprime é saber que conheço pessoas que também pretendem seguir carreira no Itamaraty, e tenho a impressao( certa) de que eles teriam a mesma postura da nossa querida embaixatriz, arrogância e prepotência nas alturas.


  103. Pelo relato feito pelo heróico grupo, deduzi que eles não conseguiram resgatar nenhum haitiano de sob os escombros. Mas espero que as preciosas máquinas fotográficas (instrumento indispensável à atuação do grupo) tenham escapadas ilesas. E VIVA RIO.


  104. Mei duzia de galalau boa vida fazendo turismo no lugar errado. Muito ajuda quem nao atrapalha. Quer mordomia volta pro colinho da mamae.
    Minha doacao, embora pequena, ja fiz. E voces que tanto falam ja fizeram o mesmo?


  105. “E nos surpreendeu o civismo e a docura no povo haitiano. A embaixatriz nao se arriscou quando nos procurou.”

    No outro post há um relato de um professor assassinado por dois motoqueiros, antes do terremoto…

    Civismo?

    Quer dizer que há dois Haitis?


  106. Como postei lá no Nassif. Vcs parecem (eu disse parecem) ter a postura típica de uma parte da elite paulista que frequenta a USP e a UNICAMP. Filhinhos de papai complexados/culpados com a desigualdade brasileira, se esforçam para ser e parecer de esquerda.
    Aí na hora que o bicho pega, se borram de medo e apelam para expressões como ‘você sabe com quem está falando?’. Reparem neste trecho que escreveram “Não sabia quem éramos, ou o que fazíamos aqui.” Percebem a necessidade de apelar para a separação de classe na hora em que o bule esquenta? Somos de esquerda, mas na hora do risco, damos a carteirada salva-guarda de aluno-pesquisador-da-Unicamp. Este é o subtexto.

    Só faltou dispararem uma tucanada à la “cadê os meus direitos, eu pago impostos!!”.

    E digo mais: vocês têm a obrigação de deixar claro os comentários da embaixatriz. Ou preferem manter esta postura covarde de ficar fazendo insinuações?

    Se tem algo a dizer, que digam!


  107. A UNICAMP deve prestar esclarecimentos à sociedade sobre esta viagem deste grupo de pesquisadores. Quem está financiando esta suposta pesquisa? É o CNPQ, é a FAPESP, é a própria Unicamp? Quais os objetivos da pesquisa? Que benefícios trará para sociedade. Além de tirar fotos e ficar denunciando que a propalada ajuda internacional não chegou o que eles têm feito com DINHEIRO PÚBLICO? (como se um desafio logístico desse porte fosse fácil de resolver, ainda mais sem a presença de Estado, santa ingenuidade). Como é dinheiro gerido pelo goverto tucano,o senhor José Serra nos deve explicações!


  108. Por equívoco de utilização acabei colocando um comentário sobre a questão da Embaixatriz, no primeiro posto do blog, e assim, de certa forma o tema fica um pouco perdido.

    Então volto aqui para, agora sim, falar sobre o tema no espaço certo.

    Não tenho procuração,para defendê-la, não sou parente dela, não sou funcionário da Embaixada brasileira e nem de qualquer órgão público.

    Estive duas ou três horas ao lado da embaixatriz durante a produção de um documentário sobre o país, e não foi essa mulher que eu conheci.

    Ela estava descalça cuidando de bebês remelentos e desnutridos, trocando fraldas, dando banho e comida.

    Assim como fazia de duas aa três por semana.

    Agora, porque os estudantes acharam que teriam prioridade num país desvastado ?

    Certo seria ela deixar milhares de feridos, mortos, prédioss destruídos, crianças famintas, velhos morrendo para cuidar dos meninos da Unicamp.

    Repito aqui!
    Quando vocês foram ao Haiti, procuraram a Embaixada brasileira, ou acharam desnecesssário ?

    Burocrático ?

    Muito direita?

    Ela só disse o que vocês precisam ouvir.


  109. Esses alunos da Unicamp se julgam o máximo da elite intelectual brasileira, e consideram que a embaixada do Brasil deveria estar aberta a eles como se fosse um albergue. Se alguma vez viajaram a Brasília, devem ter se hospedado no Palácio da Alvorada ou na Granja do Torto com dona Marisa.
    Nunca li tantos comentários preconceituosos e mal informados de gente que apenas tem ódio de funcionários públicos, e nem sabe a diferença entre as diversas atividades que cada um exerce. Eu me lembro de uma vez em que o Clovis Rossi reclamou que o funcionário da Polícia Federal não checou o atestado de saúde dele quando entrou no Brasil, como se polícia e saúde fossem a mesma coisa, já que horóscopo, futebol e economia podem ser comentados pelo mesmo jornalista ou pelo mesmo ongueiro especializado do Viva Rio ou de qualquer outra dessas entidades que dão palpite sobre o que não conhecem, só pelo prazer de criticar.
    Crianças mimadas, de classe média, que foram buscar uma mãezona na hora do vamos ver. Essa é a intelectualidade brasileira que se forma nas universidades públicas hoje em dia. Assim como os comentaristas que literalmente xingam a mulher do embaixador, apenas pelo prazer de xingar quem nem sabiam que existia até há pouco.
    Brasil, um país de tolos.


  110. Pelo que sei a embaixadora tem um grande trabalho com voluntariado no Haiti,presta um monte de servicos por la,esta garotada tem que levar isto em conta tambem,todos estao com nervos a flor da pele,as ongs que atuam por la tem que cuidar dos seus,nesta altura nao da pra colocar todos no que hoje a embaixada.


  111. Estudante é sempre a mesma coisa: acha que porque é estudante, tem direitos a mais que os outros. Se é da Unicamp, da USP então, mais ainda.

    Todos andando, sem ferimentos, chegam inteiros na embaixada para “passar a batata quente”. Arrumou jeito de entrar, arruma jeito de sair. Simples essa quando ninguém está impossibilitado.

    Agora vai incomodar gente que tem mais o que fazer? Eu acho que a embaixatriz fez bem. Devia, até, ter buscado uma cinta e dado umas cintadas nos bebês chorões da Unicamp, dizendo “Vocês não tem mais o que fazer?”. Exatamente.


  112. No meio da maior tragédia humanitária dos últimos tempos, com mais de 200 mil mortes e outros tantos soterrados e necessitando de resgate, os mauricinhos “magoaram”-se por a Embaixatriz não lhes dar a devida prioridade. Que dò! Chamem as mamães! Se não têm espírito de solidariedade para ajudar as pessoas quando elas mais precisam, pelo menos não atrapalhem quem arregaçou as mangas e foi à luta!


  113. […] had an unpleasant reception by the Brazilian ambassadress at the Embassy in Port-au-Prince, where they had gone to seek support and shelter so that they could stay and help. The group left the place embarrassed: Ela não nos perguntou […]


  114. Haiti
    Caetano Veloso
    Composição: Caetano Veloso e Gilberto Gil

    Quando você for convidado pra subir no adro
    Da fundação casa de Jorge Amado
    Pra ver do alto a fila de soldados, quase todos pretos
    Dando porrada na nuca de malandros pretos
    De ladrões mulatos e outros quase brancos
    Tratados como pretos
    Só pra mostrar aos outros quase pretos
    (E são quase todos pretos)
    E aos quase brancos pobres como pretos
    Como é que pretos, pobres e mulatos
    E quase brancos quase pretos de tão pobres são tratados
    E não importa se os olhos do mundo inteiro
    Possam estar por um momento voltados para o largo
    Onde os escravos eram castigados
    E hoje um batuque um batuque
    Com a pureza de meninos uniformizados de escola secundária
    Em dia de parada
    E a grandeza épica de um povo em formação
    Nos atrai, nos deslumbra e estimula
    Não importa nada:
    Nem o traço do sobrado
    Nem a lente do fantástico,
    Nem o disco de Paul Simon
    Ninguém, ninguém é cidadão
    Se você for a festa do pelô, e se você não for
    Pense no Haiti, reze pelo Haiti
    O Haiti é aqui
    O Haiti não é aqui
    E na TV se você vir um deputado em pânico mal dissimulado
    Diante de qualquer, mas qualquer mesmo, qualquer, qualquer
    Plano de educação que pareça fácil
    Que pareça fácil e rápido
    E vá representar uma ameaça de democratização
    Do ensino do primeiro grau
    E se esse mesmo deputado defender a adoção da pena capital
    E o venerável cardeal disser que vê tanto espírito no feto
    E nenhum no marginal
    E se, ao furar o sinal, o velho sinal vermelho habitual
    Notar um homem mijando na esquina da rua sobre um saco
    Brilhante de lixo do Leblon
    E quando ouvir o silêncio sorridente de São Paulo
    Diante da chacina
    111 presos indefesos, mas presos são quase todos pretos
    Ou quase pretos, ou quase brancos quase pretos de tão pobres
    E pobres são como podres e todos sabem como se tratam os pretos
    E quando você for dar uma volta no Caribe
    E quando for trepar sem camisinha
    E apresentar sua participação inteligente no bloqueio a Cuba
    Pense no Haiti, reze pelo Haiti
    O Haiti é aqui
    O Haiti não é aqui


  115. Vamos seguir a lógica dos fatos narrados por vocês:
    1) Estavam em uma casa do Viva Rio que permaneceu intacta, com água e comida.
    2) Mas um grupo de integrantes do Viva Rio chega à Porto Príncipe (como vocês escreveram: “diante da chegada de novos quadros desta organização”). Somente à partir daí vocês são instruídos a procurar abrigo na Embaixada.
    3) Mas a Embaixada estava destruída e o que funcionava era a casa do embaixador e um escritório improvisado. A embaixatriz, que não é uma funcionária da embaixada, estava envolvida com a ajuda aos flagelados, algo infinitamente mais urgente do que alojar um grupo de estudantes que estava dando lugar à membros do Viva Rio que chegavam à Porto Príncipe.
    4) Logo depois dão a entender que queriam apenas orientação da embaixada. “Ficar, ir embora, o que fazer?”.

    Desculpem meninos, mas a historinha de vocês não fecha.


  116. parece que tem gente distorcendo as coisas (deve ser a força do hábito), mas, sendo direta:
    1) pelo o que ESTÁ CLARO no relato, os alunos da unicamp NÃO foram chorar por “tratamento especial” na embaixada, e sim pedir orientações caso queiram ficar (como ajudar?) OU caso queiram partir (como partir?).
    2) tragédia alguma justificaria a embaixatriz a agir desta forma com estes que são, antes de estudantes da unicamp, BRASILEIROS.
    3) por favor, o fato de estes brasileiros quererem retornar ao brasil nesta situação de tragédia os desqualifica??? quanta hipocrisia… se a sra. embaixatriz é tão bem qualificada e humana (por ter saido do conforto para realizar serviços ‘humanitários’ como foi dito num dos comentários), o


  117. (continuando)
    se a sra. embaixatriz é tão bem qualificada e humana (porque saiu do ‘conforto’ para realizar serviços ‘humanitários’ como foi dito num dos comentários), o que a impediu de fazer uso dessa extrema humanidade e solidariedade e orientar o grupo de estudantes? é porque eles não foram soterrados? porque não ‘sofreram’ o suficiente a seus belos e humanos olhos e, por isso, não são dignos de sua ajuda?
    enfim, que vergonha.


  118. […] had an unpleasant reception by the Brazilian ambassadress at the Embassy in Port-au-Prince, where they had gone to seek support and shelter so that they could stay and help. The group left the place embarrassed: Ela não nos perguntou […]


  119. Eu fiquei inconformado em saber que essa filha de uma p… não ajudou nossos compatriotas. Que palhaçada é essa agora ? O Itamaraty podem abrigar presidente deposto mas não pode abrigar brasileiros ? Isso só mostra que o nosso querido presidente e nossa querida ministra da casa civil não tem pulso para mandar nesse bando de povo burguês diplomata que mora fora do país. Maconheira filha da p…


    • Cuidado, camarada, com suas palavras! Pelo seu comentário vc , no minimo, não sabe nada de nada! Se situa oh cara!


  120. Meus caros, o mundo é mais complexo do que uma bincadeirinha acadêdmica.


  121. Roseana T. Aben-Athar Kipman veio ao mundo numa manhã de fevereiro de 1948. Hoje, ela é embaixatriz do Brasil no Haiti. Mas do dia do nascimento até a vida que leva hoje, longe do Brasil, muita coisa aconteceu. Roseana é dessas mulheres que inspiram. E o Vila Sucesso conversou com ela, direto do Haiti, e agora divide a história dela com você.

    O lugar onde Roseana mora se encontra hoje num estado que ela mesma chama de “paz armada”. Muitos progressos já foram feitos na região, mas a miséria é enorme. “O desemprego beira os 75%, o analfabetismo 80%. Pelo menos 10% da população têm AIDS e ainda há muito por fazer”, diz. Mas por que, aos 61 anos, ela resolveu morar numa área de conflito?

    O marido de Roseana, Igor Kipman, foi designado para o cargo de Embaixador do Haiti pelo presidente da República. E, desde então, os dois moram por lá. Por causa da situação do país, Roseana só anda de carro blindado e tem um contingente de 13 fuzileiros navais que ficam 24 horas por dia com ela. “Eu os chamo de anjos da guarda e os amo de paixão. Como não amar a alguém que voluntariamente coloca a vida em troca da minha e protege o meu corpo com o seu?”

    As atividades de uma embaixatriz se resumem normalmente a cuidar da casa e receber convidados. O que parece pouco pode ser uma atividade bem importante. Isso porque as festas do Itamaraty são conhecidas como o ‘terceiro turno’. É nesse ambiente, preparado pelas esposas, que se fazem os contatos e se costuram acordos. “É quando representamos o nosso país e mostramos para os outros diplomatas e estrangeiros, de um modo geral, a cultura do Brasil. São festas trabalhosas e se engana quem vê nelas apenas o glamour e o luxo. Três horas de festa perfeita equivalem a mais de uma semana de trabalho duro que vai desde a escolha do cardápio até a toalha que vai enfeitar a mesa”, conta.

    Essa “função” de manter a casa em ordem não é remunerada e não equivale a ter um cargo. “Sou apenas e tão somente a esposa do big boss”, brinca. Mas Roseana é modesta. Por lá, ela faz muito mais do que isso. Há mais de 40 anos, trabalha com o desenvolvimento social. Morando numa região com tanta carência, a história não podia ser diferente. Ela levanta antes das 6h da manhã e só dorme quando o relógio bate meia-noite. Nesse dia longo, ensina português para os haitianos, de forma voluntária, no Centro de Cultura Brasil-Haiti. Além disso, trabalha num centro de nutrição, em Cité Soleil. “Três ou quatro vezes por semana recebo pessoas para almoçar ou jantar e nas outras noites restantes vou aos jantares oficiais. Além disso, bordo, leio, respondo meus e-mail, visito orfanatos, templos católicos e evangélicos e participo de ações sociais lideradas pelo Exército ou Marinha Brasileiro”, conta. Outra coisa que ocupa parte do dia de Roseana é o mundo virtual. Ela não deixa de sempre atualizar páginas como Facebook, Orkut e Twitter. Entre os esportes preferidos, muita aventura. Ela gosta de rafting, rapel, arborismo, caiaque e montanhismo. Além disso, é encantada pelo movimento escoteiro pelo mundo – do qual é dirigente há 42 anos.

    Roseana também é apaixonada por outra coisa: a leitura. Ela tem mais de 2 mil livros que carrega para onde vai e diz que lê de maneira compulsiva. Se gosta de um autor, dá um jeito de ler tudo que ele tiver escrito. “Não me lembro de estar sem um livro na mão. Como releio meus livros, nunca passo a diante, não os empresto para serem lidos fora da minha casa e não me desfaço deles. Assim é que logicamente a minha biblioteca foi crescendo, crescendo e continuará crescendo enquanto eu for capaz de ler”, conta.

    Se ainda sobra tempo para mais alguma coisa? Claro que sobra. Roseana é mesmo uma mulher de paixões. Além dos livros, esportes, ajuda ao próximo, ela adora tudo que envolve a série de histórias de StarWars. “Essa paixão antiga começou em 1977, quando uma imensa e triangular nave passou por cima da minha cadeira do cinema. Desde então, o mundo mudou para mim”, fala. “Muitas pessoas pensam que StarWars é um conjunto de seis filmes, mas é muito mais. São milhares de histórias tão boas como aquela e que estão contadas em cerca de 300 livros (tenho todos), inúmeras revistinhas (tenho todas) e vários games e RPGs”.

    Quando a gente pensa que a história de vida dessa mulher não tem mais nada de especial, descobre que ela tem três filhos, que moram longe dela, dois nos EUA, em Miami, Seattle, e uma em Brasília. Além disso, três netos que adora. Fala cinco idiomas de maneira fluente e compreende bem o idioma local do Haiti, o creole. Viajou pelo mundo a vida toda e acha que casa mesmo é onde se mora – por isso nunca se sentiu longe do próprio lugar. “Quanto aos costumes, ou a gente se adapta, ou morre. Eu me adapto sem maiores problemas ou dores”.

    Roseana está casada há 40 anos e diz que ela e Igor se amaram já desde o primeiro encontro. “Somos diferentes e acho que é isso que faz com que a gente se complete tão bem. Como ele trabalha no Itamaraty, ela precisa acompanhá-lo aonde vai. E pode ter certeza que ela vai, bem feliz. “Somos amigos, amantes, cúmplices”, afirma. Os dois foram para o Haiti, localizado no mar do Caribe, na fronteira com a República Dominicana, para ficar três anos. Estão lá metade desse tempo e, conforme explica Roseana,embaixadores brasileiros podem ficar fora do país por 10 anos, em dois ou três postos consecutivos. “Ficaremos estes dez anos fora do Brasil, mas onde, ainda é muito cedo para saber. E isso não importa para mim. Estarei feliz com o homem a quem amo e isto me basta”.

    A mulher que vive a vida da melhor maneira que pode, diz que não acredita em receitas prontas de felicidade – e sim em vivência pessoal e experiência. “O que pode ser bom para mim pode ser péssimo para outra pessoa. Eu sou uma mulher feliz, que ama e que é muito amada. Eu escolhi ter a felicidade como modo de vida e todo o meu esforço é para isto. Por isto sirvo ao próximo, pois para mim não há maior felicidade do que a felicidade de haver feito o meu melhor possível para deixar este mundo melhor do que eu o encontrei.

    Por Sabrina Passos (MBPress)


  122. Interessante é ver que, hoje, até moral se compra. Qualquer um que faz alguma doação(independentemente do montante) se arvora no direito de julgar os outros.

    “Olhem pra mim, já fiz o meu papel! Ah, você não doôu nada? Não merece falar comigo nem com a minha moralidade comprada.”

    Bom, eu não doei nada, então, por esse único motivo, vou “me abster” de julgar os outros, tudo bem?


  123. Esse texto e todas as reações a ele estão muito confusos.

    A embaixatriz não é “diplomata de carreira”, mas a esposa do embaixador. Pelo visto, estava quebrando o galho da organização (pelo menos da embaixada) no meio de um caos gigantesco.

    Vocês estavam se preparando para ir à embaixada e ela apareceu por lá. Logo, ela sabia que vocês estavam indo para lá. Mas, se eu entendi, vocês não estavam indo fazer a embaixada de albergue e sim tentar dar uma solução para sair do país.

    Bom, o tom irônico do texto, que tenta pintar a embaixatriz como uma perua fresca, dificulta um pouco a compreensão. É nítido que ela foi absolutamente patética sugerindo que vocês catassem um ônibus e fossem pra Rep. Dominicana, pois provavelment as estradas também estão arrasadas.

    Sugiro um pouco mais de objetividade nos textos, uma vez que o blog de vocês se tornou bastante popular, como fonte alternativa de informações, fora da grande imprensa. Parece que realmente a embaixatriz foi sem noção (e não entendi o que ela foi fazer lá na casa de vocês, já que não estava disposta a dar a vocês um tratamento especial). Pode não ser mau-caratismo, ams apenas efeito de uma situação extremamente delicada e mesmo perigosa.

    Enfim, sejam menos irônicos e mais objetivos para que a gente possa entender com maior precisão o que está acontecendo. Julgar é rápido e fácil. Explicar dá mais trabalho. Já não basta o sensacionalismo da imprensa brasileira, o oportunismo racista do cônsul haitiano no Brasil…

    [off] Lamentável um comentário aí pra cima de que o embaixador seria desqualificado só por que está num país pobre como o Haiti. Todos os diplomatas têm a mesma formação. Ir pra França/Inglaterra/Estados Unidos não depende de competência e sim de influências políticas. Os que aceitam esses trabalhos mais duros (tipo Haiti, Argélia, sei lá, Timor Leste antes da independência) deveriam ser admirados e respeitados. Não é fácil trabalhar ensses lugares.

    Um outro cometário enorme sobre o jornalismo da Globo é bastante instrutivo. Eu não assisti a reportagem (quase não vejo TV), mas imagino o esforço enorme feito pela repórter para provocar uma cena cheia de lágrimas pra reproduzir no Fantástico. Não ajuda nada, não acrescenta nada e faz o brasileiro Homer-Simpsons ir às lágrimas no final do domingo… Lamentável.


  124. Admiro a oportunidade que vocês tiveram de observar um realidade dura, cruel até, no país mais pobre da América latina. Essas coisas não se aprendem na faculdade e vocês tiveram essa oportunidade.

    Agora, de resto, não vejo motivo algum para tanta gritaria. Vocês só levaram uma bronquinha…

    A partir da descrição absolutamente “Revista Caras” da “tia má” – só faltou a idade dela, entre parêntesis – me pareceu um bando de garotos mimados que não sabem receber puxão de orelha. Talvez vocês não sejam isso, mas que ficou parecendo ficou.


  125. […] Fazem as seguintes observações sobre o encontro com a senhora: […]


  126. Adoro relatos etnográficos. Pena que não é igual a laboratórios, onde a gente pode reproduzir a experiência para ver se dá o mesmo resultado.
    A foto da tal embaixatriz, quando confrontada com o texto deixa muitas dúvidas quanto a qualidade científica desses empreendimentos: “Trazia um vestido curto algo entre o roxo e o verde, quase um furta cor, apresentava uma expressão rígida e abatida. Na certa estava tocada pelos últimos eventos. Os cabelos devidamente penteados pra trás, uma maquiagem excessiva e um colar de ouro ostensivo. Enquanto permanecíamos na sombra, ela se manteve no sol. Aos poucos, enquanto sua proeminente testa e suas bochechas se enchiam de suor, ela discorreu sobre grandes temas, aliando ciência, religião e política de maneira única”. Ela não condiz com o texto. Haja subjetividade!!!

    Segue: ela não perguntou nada, saiu falando que 1) a embaixada não tem vínculo com a universidade; 2) que a embaixada não hospedaria nenhum brasileiro, nenhum; 3) que não haverá evacuação (sic) e 4) que vocês, vivinhos da silva, deveriam voltar imediatamente, infelizmente.

    Gostaria muito de saber o que vocês perguntaram e afirmaram durante a conversa, mas o relato do blog não permite. Pelo texto parece que a “carteirada” não funcionou, mas vcs esperavam que funcionasse.

    Porque acharam que deveriam ficar na embaixada, também em ruínas? Vocês e todos os brasileiros ou só vocês?
    Porque acharam falta de sensibilidade? No meio daquela situação, ela deveria se preocupar os vivos, sãos e salvos?

    Aliás, certamente vocês estão lá ajudando a localizar corpos, entregar alimentos e comidas, né? Ficaria muito decepcionado se a objetividade científica não permitisse a militância em favor da vida!


  127. A embaixatriz não é funcionária do Estado e não tem responsabilidade legal nenhuma de confortá-los, dar de mamar, trocar fraldinha, o que quer que seja. O marido dela é o embaixador, ele é o responsável pela embaixada no país. Dessa forma, já cai por terra a maioria das críticas e sugestões de processo, desoneração ou sei lá mais o que da embaixatriz – vai demitir como se ela não é funcionária de ninguém?
    Em segundo lugar, a embaixada deve prestar um apoio mas este é bem limitado, é só pesquisarem. Não tem como a embaixada ficar pagando passagem, providenciando abrigo e resolvendo problemas de cada brasileiro no exterior eventualmente em apuros. É duro mas é real e só ignorando as funções de uma embaixada para fazer críticas tão pesadas à falta de apoio especial aos estudantes da Unicamp. Cada indivíduo é responsável pela própria segurança e bem-estar no exterior e a embaixada, apesar de ter a função de prestar algum apoio, não está lá para resolver a vida de ninguém, ainda mais em uma situação extrema, em meio a um desastre de proporções inimagináveis e com as milhares de outras demandas muito mais urgentes das quais certamente estão tratando. Isso sem falar, como já disseram por aqui, que o lugar mais adequado para recorrerem seria o consulado, mas enfim, o fato é que a embaixatriz está certa.


  128. (eu publiquei no dia 18, mas na caixa errada)

    Pela postura captada na foto de vocês diante da embaixatriz brasileira, percebe-se que vocês chegaram lá dispostos a não dar nada, só receber. Afinal, estão com as mãos nos bolsos ou não estão olhando pra quem fala. O que é por si só, uma descortesia. Por mais estúpida que a pessoa seja.
    A curiosidade aumenta:

    – o professor de vocês assina o texto?
    – como ele se chama?
    – tocados por toda a tragédia do entorno, vocês meteram a mão na massa pra ajudar? Ou se prontificaram apenas a ficar focados no projeto de vocês e a (des)construir a imagem de alguém que estava fazendo alguma coisa?

    Na boa, playboys, vocês chegaram cheios de expectativas, numa hora inapropriada, no meio da tormenta, esperando deferência. Lamentável.


  129. Choquei.ACORDEI HOJE TÃO SENSIBILIZADA COM O JORNALISMO,E PENSEI:JÁ QUE TENHO UM PENSIONATO E SOU PEDAGOGA. PORQUE NÃO ADOTAR AQUELAS CRIANÇAS ORFÃO.VIM PARA O COMPUTADOR PARA PROCURAR UM SITE DO GOVERNO PARA ME AJUDAR.FIQUEI DECEPCIONADA COM ESSE RELATO DESSES ESTUDANTES AO PROCURAR A EMBAIXATRIZ,TALVEZ PROCURARAM O LUGAR ERRADO,MAS UMA ORIENTAÇÃO DA MESMA,SERIA O MINIMO QUE PODERIA FAZER,MAS ISSO NÃO PODE FICAR ASSIM,CONTERRANEOS PROCURA O SITE DA GLOBO QUE DARÁ UMA BELA REPOTAGEM,E NÃO ACONTECERÁ MAS COM OUTRAS PESSOAS,PARABÉNS PELA TENTETIVA,BJUS


  130. A amigos meus que viajam para o exterior sempre recomendo que visitem a embaixada brasileira. Independente do motivo, uma visita à Embaixada é primordial. Afinal é a nossa casa no exterior. Em caso de catástrofe é ali que vão nos procurar, em caso de acidente, doença, etc. a embaixada será o porta-voz. É sempre assim. Os pesquisadores (agora estão chamando de estudantes…) pretendiam visitar a embaixada pela manhã, mas foram pegos de surpresa pela visita da embaixatriz que os expulsa do país depois de os haver proibido chegar até a casa que era deles também.
    Eu me pergunto o porque desta atitude, quando os embaixadores foram tão solícitos em receber um mandrião,sabotador e candidato a ditador em Honduras deixando a nossa casa lá à disposição do Zelaya, que mandou e desmandou.
    Pesquisadores ou estudantes, de uma universidade renomada mundialmente como a UNICAMP, são pessoas que poderiam ajudar e muito numa hora de emergência como aquela. A embaixatriz perdeu a oportunidade de mostrar serviço, organizando uma equipe com aqueles jovens e resgatar, por exemplo centenas de crianças que perambulavam, e preambulam, pelas ruas destruidas de Porto Principe.
    O Brasil só tem acumulado vexames pelas atitudes internacionais que vem tomando seus embaixadores, provavelmente orientado pelo chefe que busca só uma ficticia popularidade baseada em pesquisas encomendadas e direcionadas.


  131. O texto deste ‘post’ é das coisas mais nojentas já publicadas em 2010. Útil, no entanto, para avaliarmos oa que o subscrevem.


  132. Muito estranha esta história. Realmente a embaixatriz estava mal trajada. Não deveria estar utilizando chinelos de dedo, sem luvas nas mãos e máscara no rosto. Aliás, não deveria nem mesmo estar percorrendo os escombros. Tampouco ajudando os haitianos desesperados. Deveria ajudar os brasileiros sofridos da UNICAMP. Quando a porca torceu o rabo, foram os primeiros a pedir pra sair. A Sra, embaixatriz, que não recebe nenhum salário do governo brasileiro, deveria se portar como eles, da UNICAMP, estão insinuando. Entenda que sua função é ajudar prioritariamente os desafortunados da UNICAMP.
    Fique na segurança de sua casa. Nada de ficar dando aulas de Português para os haitianos. Nada de viajar até Gonaives para distribuir comida. Nada de andar por Cite Soleil ou BelAir para ajudar os outros. É muito perigoso! Pare de tratar as pessoas com educação e deixe de ser mãezona de todo mundo. Aliás, como a Sra. não é funcionária do Itamaraty, pegue um avião e venha para o Rio de Janeiro. Tenha certeza que TODOS que conheceram o seu trabalho no Haiti a receberão muito bem.
    Só pra constar, alguns dos pesquisadores que regressaram ao Brasil, não foram recebidos no aeroporto por seus pais nem por amiguinhos da UNICAMP. Vai ver que são gente boa. Pobrezinhos.
    Dseculpem-me se fui mal educado. É só um desabafo de quem conhece bem a pobreza do Haiti.


    • Faço minhas as suas palavras, André Canellas!



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